O Secretário do Departamento de Homeland Security (DHS), Alejandro Mayorkas, disse em conferência de imprensa, realizada no dia 27 de abril, que vai aumentar o número de apreensões na fronteira e que mais voos com deportados serão enviados para os países de origem.
As medidas foram anunciadas para tentar coibir a entrada de imigrantes indocumentados no País, já que a Title 42, medida que permite a deportação sumária de imigrantes por causa da Covid-19, acaba no dia 11 de maio.
O governo planeja avaliar e determinar se o processo de asilo é válido ou não ainda na fronteira, para agilizar a deportação daqueles que não se enquadram. Centros de imigração serão montados na Colômbia, Equador, Costa Rica e na Guatemala para tentar evitar que imigrantes cheguem até a fronteira.
Esses centros vão avaliar processos de asilo e refugiados, além de procedimentos que visam reunir famílias. “Esse é um desafio gigantesco, que demanda soluções gigantescas”, disse o secretário.
Mayorkas disse ainda que os imigrantes e traficantes de pessoas, conhecidos como coiotes, não devem pensar que o fim da Title 42 significa o fim da fiscalização nas fronteiras.
Republicanos acusam o presidente Joe Biden de ter falhado quando o assunto é imigração. Biden, que busca a reeleição em 2024, está tentando adotar medidas mais restritivas para evitar uma “explosão” no número de imigrantes indocumentados que tentam a travessia pela fronteira depois do fim da Title 42.
Voos com deportados
Em abril, o governo retomou o envio de voos com imigrantes deportados para diversos países, entre eles o Brasil. O voo mais recente foi no dia 17 de abril, com cerca de 212 pessoas, que chegaram ao Aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O DHS retomou, também, os voos com deportados para Cuba, que estavam parados desde o fim de 2020. No dia 25 de abril, um voo com 123 cubanos foi mandado para Havana. (Com informações da Reuters)
