A administração Donald Trump está planejando enviar milhares de agentes do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) para cidades santuário – cidades que protegem imigrantes indocumentados. A afirmação foi feita pelo diretor do ICE, Thomas Homan, em entrevista no dia 18 de julho ao jornal Washington Examiner.
Segundo o diretor, o ICE planeja contratar mais 10 mil agentes nos próximos meses e que serão enviados a essas localidades. Ele afirma que os agentes irão procurar as pessoas que não cumprem a lei em suas casas e no trabalho. “O que eu quero é deixar claro para todos é que a lei será aplicada para aqueles que entraram ilegalmente no País. Não é OK violar as leis deste País”, afirmou.
Homan afirmou que a imigração ilegal pela fronteira caiu vertiginosamente desde que Trump assumiu – cerca de 70% segundo ele –, bem como a prisão de imigrantes que cometeram crimes, que já estão dentro do país. A apreensão de imigrantes internamente aumentou 40%. O diretor, que trabalha no ICE há mais de 30 anos, disse que as cidades santuário são “ridículas”.
“Na América que eu cresci, cidades não davam abrigo a pessoas que violaram a lei. O presidente Trump reconhece que nós estamos fazendo um grande esforço interno para aplicar a lei e tornar difícil a vida dessas cidades”, disse Homan.
Cidades santuário como – New York, Philadelphia, Chicago, San Francisco e Austin – não entregam pessoas presas à imigração. Cidades do Condado de Broward e Palm Beach também são consideradas santuário pela polícia. As autoridades dessas cidades não trabalham em conjunto com o ICE e batem de frente com a administração Trump.
Argumentos favoráveis à existência das cidades santuário afirmam que nesses lugares os imigrantes vivem mais tranquilos e confiam na polícia. Eles não têm medo de denunciar crimes. Já os oponentes argumentam que essas cidades devem cumprir as leis federais.