O Departamento de Homeland Security (DHS) deve anunciar nesta terça-feira (23) uma nova diretriz que vai agilizar o processo de deportação de imigrantes indocumentados com pouco tempo nos Estados Unidos. As informações são do site Politico.
Segundo a diretriz, agentes do DHS poderão questionar imigrantes em qualquer lugar dos Estados Unidos (não somente dentro de 100 milhas da fronteira) e solicitar a comprovação de que estão legalizados no País ou que estejam há pelo menos dois anos morando (mesmo que ilegalmente) nos EUA.
Caso a prova apresentada não seja satisfatória para o agente, ele poderá emitir o Expedited Removal¸ou seja, o imigrante poderá receber uma ordem expressa de remoção sem que seja necessário um juiz de Imigração para emitir uma ordem de deportação.
A advogada de imigração Renata Castro explica a nova medida. “Qualquer indivíduo em qualquer ponto dos EUA poderá ser questionado sobre seu status imigratório e não mais dentro das 100 milhas de uma fronteira. Você terá que provar que está legalizado ou se está nos Estados Unidos há mais de dois anos. Aconselho que as pessoas andem com algum tipo de prova de que estejam no País há mais de dois anos, mesmo que seja uma conta telefônica, matrícula dos filhos, contrato de aluguel. Se naquele momento a polícia ou o agente imigratório não conseguir constatar que você está nos EUA há mais de dois anos, você está sujeito a receber o Expedited Removal”, explica a advogada.
Até o momento, essa remoção rápida era aplicada apenas a imigrantes que entravam pela fronteira a pé (não de barco ou avião). O DHS reitera que a nova medida vai tornar mais eficiente a remoção de pessoas que entram ilegalmente nos EUA.
A Organização Pró-Imigrantes American Civil Liberties já anunciou que vai contestar a medida nos tribunais antes mesmo da publicação oficial da diretriz. “Esse plano está fora da lei e vai punir imigrantes de forma sumária, sem o direito constitucional à defesa, como se estivessem pegando um motorista por uma infração de trânsito”, disse a ONG em nota.
Assista a LIVE da advogada Renata Castro comentando sobre o caso neste link.