O U.S. Citizenship and Immigration Services encerrou, na semana passada, o período para receber comentários públicos sobre um projeto de aumento nas taxas para vistos imigratórios proposto pelo governo Biden em janeiro. Quase 7 mil comentários foram enviados, com a maioria expressando forte oposição à proposta que visa encarecer a maioria dos pedidos de Green Card. Se aprovado, as taxas para solicitações de Green Card baseadas em casamento podem dobrar de $ 1.760 para mais de $ 3.640. Os pedidos de cidadãos americanos que desejam trazer seus noivos para os EUA aumentariam em 35%, de $ 535 para $ 720. As taxas de inscrição para cidadãos americanos e residentes permanentes que desejam patrocinar membros da família para o Green Card aumentariam em 33%, passando a custar $ 710, de acordo com a American Immigration Lawyers Association (AILA).
De acordo com a proposta, qualquer pessoa que solicitar uma mudança de status de imigração de dentro dos EUA teria que pagar mais que o dobro do custo, um impacto financeiro potencialmente devastador para os candidatos de baixa renda que não podem pagar taxas mais caras. Para uma família imigrante de quatro pessoas, por exemplo, os custos de ajustar seu status para se tornarem residentes permanentes podem exceder $ 10 mil ao somar o custo total das novas taxas propostas, informou a AILA.
Funcionários federais da Imigração dizem que os aumentos de taxas para certas petições são necessários para recuperar os custos operacionais, acelerar as revisões de aplicativos, contratar mais funcionários e reduzir o acúmulo de casos pendentes da agência. Em 2020, o início da pandemia do COVID-19 levou a uma redução drástica de novos pedidos de vistos, resultando em uma queda temporária na receita de 40%, de acordo com o USCIS. Cerca de 96% do financiamento do USCIS vem de taxas pagas pelos solicitantes, em vez de fundos do Congresso, para administrar o sistema de imigração legal do país.
As mudanças propostas não entrarão em vigor até que uma regra final seja publicada. Resta saber se o governo seguirá em frente com os aumentos de taxas propostos em janeiro ou se aprovará uma versão modificada com base no feedback do público.
