O governo dos EUA concordou em pagar uma indenização no valor de $127,5 milhões aos familiares das vítimas do tiroteio de Parkland, na Flórida. O valor foi pedido pelos advogados que alegaram “negligência do FBI antes da tragédia”. Entre os 40 beneficiários estão 16 das 17 famílias dos mortos. “O acordo resolve 40 queixas, mas não é uma admissão de culpa”, destacou o U.S. Justice Department em comunicado divulgado na quarta-feira (16).
No dia 14 de fevereiro de 2018, Nikolas Cruz, de 19 anos, entrou armado com uma AR-15 semiautomática na Marjory Stoneman Douglas High School – escola da qual ele tinha sido expulso no ano anterior- e abriu fogo contra estudantes e funcionários. No processo movido contra o governo americano, as famílias acusaram o FBI de ignorar pistas sobre o atirador. Semanas antes da tragédia, uma mulher próxima aos assassino entrou em contato com investigadores para dizer que Cruz estava pronto para “explodir”, alertando que o jovem iria “entrar numa escola e começar a disparar”.
O administrador de um canal no YouTube também tinha relatado às autoridades federais que um usuário de nome Nikolas havia feito um comentário em um dos seus vídeos, afirmando que se tornaria “um atirador profissional na escola”. Apesar de um histórico psiquiátrico, o jovem conseguiu comprar legalmente a arma usada no massacre. Ele se declarou culpado de 17 acusações de assassinato em primeiro grau e mais 17 acusações de tentativa de assassinato em outubro de 2021. A sentença final contra o réu confesso ainda não foi proferida.