DA REDAÇÃO – O governo de Joe Biden está planejando rastrear e ir atrás de veteranos deportados como parte de um esforço para fornecer benefícios para seus serviços ao país, incluindo o acesso aos cuidados prestados pelo Departamento de Assuntos dos Veteranos (VA) e pelo público.
O Departamento de Segurança Interna (DHS) anunciou esta semana que, juntamente com outros parceiros, lançou um programa para identificar veteranos deportados para garantir que eles possam obter benefícios que perderam após serem expulsos.
O secretário do DHS, Alejandro Mayorkas, e o secretário da VA, Denis R. McDonough, revelaram que a iniciativa também inclui familiares próximos de membros das Forças Armadas que foram deportados.
“O Departamento de Segurança Interna reconhece o profundo compromisso e sacrifício que os militares e suas famílias fizeram pelos Estados Unidos”, disse Alejandro Mayorkas em um comunicado.
“Juntamente com nosso parceiro, o Departamento de Assuntos dos Veteranos, estamos comprometidos em trazer de volta membros do serviço, veteranos e seus familiares próximos que foram removidos indevidamente e garantir que eles recebam os benefícios a que possam ter direito”, acrescentou.
Drama latente
“É muito lamentável que muitas dessas pessoas que serviram o país nas Forças Armadas, não se tornaram cidadãos e depois, por razões de doença ou trauma gerados por sua participação em combate, cometeram crimes que os tornaram deportados dos Estados Unidos”, diz Alex Galvez, advogado de imigração que atua em Los Angeles (Califórnia).
“Muitos deles vivem em Tijuana e muitos foram acusados de deportação por uso de maconha. Mas durante o processo não foi levado em conta que eles tinham estresse pós-traumático e precisavam de cuidados médicos. São soldados com lesões mentais causadas durante o serviço que merecem ser tratados”, disse.
Galvez disse que muitos dos deportados “cometeram crimes devido a doenças e agora, com o plano anunciado pelo governo, eles poderão retornar. Mas tudo dependerá das razões pelas quais foram deportados. Nem todos os casos serão aprovados, mas muitos deles e suas famílias recuperarão os benefícios que foram tirados deles ao serem deportados do país.”