O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues, disse na quarta-feira (25) que o governo do Brasil irá cooperar com outras nações para enfrentar ameaças terroristas. Apesar disso, Andrei afirmou que não será necessário modificar o planejamento previsto. As informações são da Agência Brasil.
O planejamento da segurança conta com 85 mil agentes, sendo 47 mil das forças de segurança pública e ordenamento urbano e 38 mil das Forças Armadas. Somente o Ministério da Justiça investirá R$ 350 milhões na compra de equipamentos de proteção individual, ferramentas de treinamento e capacitação das forças de segurança. Desde a Copa das Confederações, em 2013, o ministério já investiu R$ 1,1 bilhão em segurança.
“A cooperação será acentuada com a França e com outros países”, informou Andrei a representantes de 78 países que participaram da apresentação sobre segurança dos Jogos Olímpicos de 2016. “Isso não é mudança de planos. Apenas se acentua, por exemplo, em relação à Copa do Mundo. Temos mais gente trabalhando com foco específico no combate ao terrorismo.”
Segundo o secretário, os jogos do Rio serão os primeiros a contar com um centro de segurança exclusivo de combate ao terrorismo, o Centro Integrado Anti Terrorismo.
Andrei também destacou que a liberação de vistos para estrangeiros para os Jogos Olímpicos, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, não trará riscos. “Não traz nenhum impacto negativo para a segurança”, assegurou. “Vemos com bons olhos essa abertura, feita de maneira adequada e tranquila”.
O secretário acrescentou que a medida precisa ser regulamentada pelos ministérios do Turismo, Justiça e Relações Exteriores e que a liberação não deve valer para todos os países.
Andrei lembrou que, durante a Copa do Mundo, países com liberação de visto, como a Argentina, tiveram cidadãos barrados na fronteira, o que também ocorreu com pessoas que tinham visto para entrar, como um torcedor dos Estados Unidos.
Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, relator da fiscalização dos jogos no tribunal, destacou que a Olimpíada ocorrerá em um momento delicado por causa dos atentados em Paris. Segundo ele, é preciso haver solidariedade entre os países, pois os jogos são de toda a comunidade internacional. “Temos de ter todo o cuidado possível.”