Negócios

Governo brasileiro lança medidas para desburocratizar exportação de produtos nacionais

Com emissão baseada em prazos, quantidades ou valores das operações, a Licença Flex pode substituir centenas de documentos

Apenas 1% das empresas do Brasil exportam. O dado faz parte de estudo realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e representa um desafio e uma das prioridades do Governo Federal. Em entrevista para A Voz do Brasil, a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, destacou que o objetivo é mudar este cenário e fazer com que mais empresas se beneficiem do bom momento do comércio exterior brasileiro. “A ideia é levar o comércio exterior Brasil adentro. É fazer com que empresas, segmentos, cidades, estados que ainda não se beneficiam do comércio exterior, possam ter acesso a oportunidades associadas às exportações”, destacou a secretária.

Tatiana Prazeres destaca que, com base nos benefícios que a exportação pode trazer para o país, a simplificação é prioridade para o Governo. Diante disso, foi criada a Licença Flex – medida que desburocratiza a rotina e reduz custos das empresas que precisam de autorização para comercializar com outros países. A mudança entrou em vigor em junho de 2023, e pode substituir centenas de documentos, diminuindo custos e permitindo flexibilidade logística para a realização de exportações e importações de forma consolidada ou gradual ao longo do tempo.

Com o objetivo de ampliar a base, o Governo Federal lançou também um programa de mentoria concebido e desenvolvido pelo MDIC em parceria com a Apex Brasil, o “Elas Exportam”. O programa conta com uma série de atividades, tais como mentorias individuais e coletivas, oficinas e seminários, com o intuito de aprimorar habilidades técnicas e socioemocionais necessárias ao impulso da atividade exportadora. O programa deverá contribuir também para o estabelecimento de rede de apoio e de contatos.

De acordo com um estudo publicado pelo MDIC, denominado “Mulheres no Comércio Exterior, Uma Análise para o Brasil”, apenas 14% das empresas brasileiras que exportam pertencem a mulheres. “É um percentual muito baixo. Quando nós analisamos as empresas de menor porte que exportam, esse percentual sobe para 24%, ainda assim muito pequeno”, relatou Tatiana.

*com informações da Agência Gov

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