O governo de Joe Biden está fazendo planos de contingência para um possível aumento nas travessias de fronteira antes da presidência de Donald Trump, pois mais imigrantes dizem temer que o presidente eleito feche a fronteira, de acordo com duas autoridades dos EUA e conversas entre imigrantes em grupos do WhatsApp.
Na tarde de segunda-feira (4), o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, realizou uma reunião virtual com seus principais conselheiros e os chefes da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) e da Imigração e Fiscalização de Alfândegas (ICE).
As perguntas feitas ao grupo não eram incomuns, de acordo com duas autoridades: como o Departamento de Segurança Interna (DHS) estava preparado operacionalmente para lidar com um possível aumento na imigração? Havia leitos suficientes nos centros de detenção do ICE para manter os imigrantes antes de deportá-los? As agências poderiam continuar a colocar os imigrantes que não se qualificam para asilo em um caminho rápido para a remoção, ou os números sobrecarregariam o sistema e forçariam os agentes a liberar os imigrantes nos EUA com datas de julgamento marcadas para anos no futuro?
As autoridades reiteraram que o DHS ainda não observou um aumento no número de imigrantes vindo para os Estados Unidos. Com Donald Trump eleito, ele prevê um aumento de imigrantes tentando entrar no país no último minuto, e o CBP e o ICE precisavam estar preparados.
Um porta-voz da Alfândega e Proteção de Fronteiras disse que “os migrantes não devem acreditar nas mentiras dos contrabandistas”.
“O fato permanece: os Estados Unidos continuam a aplicar a lei de imigração, e os migrantes devem usar caminhos seguros, legais e ordenados para chegar aos Estados Unidos”, acrescentou o porta-voz.