O governo Biden anunciou na quinta-feira (20) o perdão de $ 5.8 bilhões em dívidas estudantis de 77.700 mutuários por meio do programa de perdão de empréstimos para serviços públicos. A administração também disse que enviará um e-mail a outros 380 mil trabalhadores do serviço público a partir da próxima semana, notificando-os de que suas dívidas serão canceladas dentro de dois anos.
O Departamento de Educação dos EUA tem anunciado rotineiramente ondas de perdão de empréstimos, à medida que a administração Biden seleciona pessoas com menos dívidas depois que o Supremo Tribunal derrubou o seu abrangente plano de perdão de empréstimos de $400 bilhões em junho passado. Até agora, o governo democrata liquidou as dívidas educacionais de quase 4 milhões de pessoas, totalizando $143.6 bilhões em alívio. “Durante muito tempo, professores, enfermeiros, assistentes sociais, bombeiros e outros funcionários públicos do nosso país enfrentaram problemas logísticos e alçapões quando tentaram pedir alívio da dívida a que tinham direito nos termos da lei”, disse o secretário da Educação dos EUA, Miguel Cardona. em uma declaração sobre a última rodada de perdão.
O programa PSLF, sancionado pelo presidente George W. Bush em 2007, permite que certos funcionários públicos tenham os seus empréstimos federais a estudantes cancelados após 10 anos de pagamentos dentro do prazo.
Em 2013, o Consumer Financial Protection Bureau estimou que um quarto dos trabalhadores americanos pode ser elegível. No entanto, o programa há muito enfrenta problemas, tornando as pessoas que realmente recebiam o auxílio uma raridade. Os mutuários reclamaram de regras confusas e desinformação por parte de seus prestadores de serviços. O governo Biden tem trabalhado para resolver esses problemas. Antes das correções de Biden ao PSLF, apenas cerca de 7 mil mutuários tinham recebido alívio da dívida através do programa com mais de 15 anos. Desde 2021, 871 mil mutuários já tiveram suas dívidas canceladas no âmbito do programa.
Segundo a Casa Branca, juros e parcelas elevadas de empréstimos previnem americanos mais jovens de comprar imóveis ou fazer outros investimentos, por isso os democratas têm pressionado durante anos pelo perdão da dívida. Além disso, Biden busca a reeleição em novembro e precisa do voto dos jovens para ajudá-lo a vencer. “Não vou desistir de usar todas as ferramentas à minha disposição para proporcionar alívio da dívida estudantil a mais americanos e construir uma economia de baixo para cima”, disse Biden.
