Estados Unidos Sandra Colicino

Governadora de Nova York propõe legislação para controle de armas

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, urgiu membros da assembléia legislativa estadual a agir contra a violência causada por armas em Nova York. A fala ocorreu após uma semana do tiroteio em um supermercado na cidade de Buffalo, ao extremo norte do estado, matando 10 pessoas, e um dia após tiroteio da escola de Uvalde, Texas, que deixou 21 pessoas mortas.

A sua proposta principal é alteração da idade mínima para a compra de rifles no estilo AR-15 de 18 para 21 anos.

“Não dormirei à noite enquanto não souber que tudo humanamente possível foi feito a fim de proteger Nova Yorkinos e ajudá-los em sua cura,” declarou Hochul durante coletiva de imprensa.

Nos dois tiroteios citados acima, ambos atiradores tinham 18 anos e compraram suas armas legalmente.

Seus planos ainda incluem reportar armas encontradas em cenas de crimes, além de investigar o paradeiro de armas ilegais, enquanto a vigilância nos arredores das escolas pela policia estadual é aperfeiçoado.

Neste momento, as circunstancias não estão em seu favor. O dia 2 de junho marcará o último dia dos trabalhos na assembléia legislativa antes das férias de verão. Além disso, a Suprema Corte Federal está programada de decidir em um caso que potencialmente eliminaria a obrigatoriedade de uma justificativa para o porte de armas no estado de Nova York.

Apesar destes fatos, a assembléia legislativa está comprometida a trazer o assunto em sua pauta nesta última semana de seus trabalhos, enquanto há impulso devido aos eventos recentes.

Em nível federal, há pouca esperança atualmente para legislação em controle de armas, devido ao aspecto ideológico divisivo nas duas câmaras legislativas, especialmente o Senado americano.

Em 2013, o SAFE Act (Secure Ammunition and Firearms Enforcement) já havia focado no uso de rifles no estilo de AR-15. A legislação, assinada pelo então governador Andrew Cuomo, limita o uso de acessórios que podem ser adicionados a armas semiautomáticas, tais como revistas e cabos de revólver.

A proposta de Hochul está sendo bem recebida por legisladores democratas, tais como o deputado estadual Harvey Epstein, representante do distrito 74 (Lower East Side, East Village e Midtown East).

“Nós presenciamos dois tiroteios praticados por indivíduos de 18 anos e precisamos garantir segurança aos Nova Yorkinos e para o resto do país e esta é uma forma simples de se fazer,” declarou Epstein em entrevista ao Spectrum News 1.

Por outro lado, republicanos como o senador George Borello, representando o distrito 57, a sudoeste do estado, acreditam que o tema está sendo politizado e deve-se primeiramente buscar solução para a crise de saúde mental.

“Isso tudo é comer pelas beiradas a fim de ganhos políticos, na minha opinião. Devemos focar primeiramente no que está causando as pessoas a fazerem isso,” declarou Borello.


Novaiorquinos agora podem marcar ‘X’ na questão de gênero em seu RG estadual

Em antecipação ao mês do orgulho LGBTQ+, novaiorquinos agora poderão marcar um ‘X’ na questão de gênero quando aplicarem por um registro de identidade estadual. A medida entrou em vigor na sexta, dia 27 de maio, depois de ser anunciada pela governadora de Nova York, Kathy Hochul.

Conhecida como GRA (Gender Recognition Act), a lei foi assinada no ano passado pelo então governador de Nova York, Andrew Cuomo. A medida é uma das primeiras dentro do GRA a entrar em vigor. Mais proteções para os membros da comunidade de acordo com a nova lei virão a partir de 24 de junho. Nova York junta-se assim a uma lista de 21 estados em toda a nação a permitir o ‘X’ na carteira de identidade.

Pessoas com interesse numa carta de motorista, aprendiz de direção ou simplesmente identificação sem permissão de dirigir, serão elegíveis ao documento nas unidades do DMV (Department of Motor Vehicle) do estado.

“Todas as pessoas, independente de identidade de gênero e expressão, merecem ter um documento de identidade que vá refletir quem realmente são. Minha administração continua comprometida em assegurar que Nova York seja um lugar de valores, amor e senso de pertencer a todos os membros da comunidade LGBTQ+,” declarou a governadora Hochul em comunicado de imprensa.

Para os portadores de documento de identidade estadual interessados em tomar proveito da mudança, devem preencher o formulário DM44 e comparecer a uma unidade do DMV. Uma opção online estará disponível em meados de julho de 2022.

Anterior a esta legislação, se um indivíduo desejasse fazer mudanças em sua carteira de identidade, teria que enfrentar muitos obstáculos. Apoiadores da medida apontam ainda a vantagem em aspectos de segurança para os portadores do documento. Além disso, é um passo a mais a fim de garantir melhor acesso aos serviços do estado para a comunidade transgênero.

“Novaiorquinos não binário, transgênero e sexo não conforme agora têm acesso a identidade apropriada emitida pelo estado e serão críticas para o dia-a-dia em Nova York. Enquanto ainda há muito trabalho a ser feito, hoje marca um passo significante na direção certa”, declarou Carl Charles, advogado sênior da Lambda Legal, em comunicado de imprensa. 


Veja a programação do Tribeca Festival 2022

Bairro de Tribeca com o One World Trade Center ao fundo (Foto: Sandra Colicino)
Bairro de Tribeca com o One World Trade Center ao fundo (Foto: Sandra Colicino)

O Tribeca Festival, antigo Tribeca Film Festival, retornará a Nova York de 8 a 19 de junho. Este ano, assim como em 2021, o festival apresentará eventos em diversas categorias, como música, palestras, vídeo game, televisão, imersão, masterclass, além de, claro, filmes (lançamentos e retrospectivas).

Fundado em 2002 por Robert De Niro, Jane Rosenthal, e Craig Hatkoff, em respostas aos ataques de 11 de setembro, a fim de revitalizar a região de Tribeca, na parte baixa de Manhattan, o festival é referência para os aficionados em cinema independente. Entro os títulos que foram lançados ao longo dos anos estão “Missão Impossível III” (2006) , “Spiderman 3” (2007), “Shrek Forever After” (2010), “The Five-Year Engagement” (2012), “The Avengers” (2012), e “Yesterday” (2019). Todo o ano, são exibidos cerca de 600 filmes, com uma audiência de aproximadamente 150.000 pessoas. O evento ainda premia artistas independentes em 23 categorias.

Em 2020, o festival presencial foi cancelado, assim como vários outros eventos (Cannes, Sundance, TIFF, Venice), devido à pandemia do coronavírus. A fim de compensar pela ausência de audiência, o festival lançou vários prêmios em formato virtual a fim de exibir o trabalho de artistas que pretendiam lançar sua carreiras durante o festival. A iniciativa foi chamada We Are One, em parceria com Youtube.

Em 2021, ao invés de acontecer no mês de abril, como acontecia no passado, os organizadores decidiram adiar até junho, permitindo a possibilidade de exibição de filmes ao ar livre. O festival já havia introduzido video game, palestras, estréias de programas de televisão entre outros. Porém não havia melhor época para diversificar as atrações do que esta.

Para 2022, os destaques do festival são “Corner Office”, com Jon Hamm (Mad Men) e Danny Puddy, “Somewhere in Queens”, com Ray Romano e Jennifer Esposito, “American Dream”, com Shirley MacLaine, Matt Dillon e Danny Glover, “The Cave of Adullan”, produzido por Lawrence Fishburne, “Jerry & Marge Go Large”, com Bryan Cranston, Annette Benning, e Rainn Wilson. Com relação a documentários, “Untrapped: The Story of Lil Wayne”, cuja apresentação será seguida por entrevista com os criadores do filme e performances. “Loudmouth”, documentário sobre o legendário reverendo e ativista por justiça racial Al Sharpton, será recebido em comemoração ao feriado de Juneteenth, no dia 18 de junho. Outro destaque é o documentário “Halftime”, sobre a cantora Jennifer Lopez, que abrirá o festival.

Na sessão de retrospectiva estão programadas para exibição “O Poderoso Chefão” e “Heat”, além de exibições gratuitas de clássicos ao ar livre, tais como “Grease”, “Dirty Dancing”, e “Hunger Games”.

Mais um destaque do festival ficará por conta do lançamento do lounge musical, Baby’s Alright, localizado em Williamsburg, Brooklyn. Essa parte do festival será dividida em performances, palestras e documentários.

E para pessoas que não estão em Nova York, ainda há a possibilidade de acessar atrações na modalidade At Home.

Para maiores informações e ingressos, é só acessar o site do festival: www.tribecafilm.com.

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