Mais de cem imigrantes foram deixados por três ônibus em frente à residência da vice-presidente dos Estados Unidos, kamala Harris, em Washington D.C., na noite do dia 24 de dezembro, vésperas de Natal. Sob um frio de 18°F ( -7 graus Celsius), homens, mulheres e crianças recém-chegados do Texas enfileiraram-se em frente à casa de Harris, enquanto aguardavam para seguirem para um abrigo. Alguns voluntários levaram cobertores e casacos.
O traslado do grupo foi patrocinado pelo governador texano Greg Abbott. Desde abril, Abbott vem mandando indivíduos detidos tentando entrar ilegalmente nos EUA pela fronteira sul, para cidades controladas por democratas.
Em setembro deste ano, um ônibus carregado de cidadãos da América do sul e central já havia sido enviado para a casa da vice-presidente, que é responsável por liderar o esforço da Casa Branca contra a imigração irregular na fronteira. Chicago, New York, Filadélfia, entre outras cidades, também receberam remessas de indivíduos.
Em outubro, New York city decretou estado de emergência após a chegada, em um único dia, de seis ônibus abarrotados de imigrantes, que lotaram todos os abrigos públicos da cidade. “A estratégia dos ônibus forneceu com sucesso o alívio necessário para nossas comunidades fronteiriças”, disse Greg Abbott em nota no mês passado. Ele declarou que os custos das operações para remover os imigrantes do Texas atingiu $13 milhões.
A iniciativa do republicano conta com o apoio dos governadores da Flórida e do Arizona, e tem como alvo principal o presidente Joe Biden, a quem acusam de incentivar a entrada de indivíduos indocumentados no território americano. A vice-presidente ainda não se manifestou sobre o assunto.