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Governador do Texas afirma que não vai mais aceitar refugiados no Estado

Greg Abbott, do Partido Republicano, é o primeiro governador a se recusar a aceitar refugiados

Greg Abbott determinou ao procurador-geral do estado abrir a investigação (foto: Flickr)

O governador do Texas, Greg Abbot, do Partido Republicano, afirmou que o Estado não vai mais aceitar refugiados. Abbot passa a ser o primeiro governador a anunciar a medida depois que o presidente Donald Trump deixou a cargo dos estados a deliberação sobre aceitar ou não refugiados.

O governador escreveu uma carta na sexta-feira (10) ao secretário de Estado, Mike Pompeo, dizendo que o “Texas não vai abrigar refugiados no ano fiscal de 2020”. “Somos o Estado que mais aceita refugiados de todos os Estados Unidos”.

“Atualmente, as organizações estatais e sem fins lucrativos têm a responsabilidade de dedicar recursos disponíveis para aqueles que já estão aqui, incluindo refugiados, migrantes e sem-teto”, disse Abbott, na carta a Pompeo. “Como resultado, o Texas não pode consentir com o reassentamento de refugiados neste ano fiscal”, afirmou ele.

A decisão é um grande golpe para o programa de refugiados americano, uma vez que o Texas é o maior destinatário de refugiados no país. O Departamento de Estado não respondeu, de forma imediata, a um pedido de comentário.

Até agora, 41 governadores, dos quais 18 são Republicanos, e pelo menos sete dúzias de autoridades locais concordaram com o reassentamento, de acordo com um levantamento da agência de reassentamento Lutheran Immigration and Refugee Service.

Até o momento, a Flórida e a Geórgia, outros grandes destinatários de refugiados, têm permanecido em silêncio em relação às suas posições. O governador Ron DeSantis, da Flórida, disse que ainda está analisando a questão e a Geórgia recusou-se a comentar.

Reduzir imigração tem sido um item central do governo Trump e da campanha de reeleição para 2020. Um de seus primeiros atos depois de assumir o cargo, em janeiro de 2017, foi emitir um decreto limitando o número máximo de refugiados naquele ano em 50 mil. Desde então, o limite tem sido reduzido anualmente. (Com informações da Reuters)

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