O governador de New York, Andrew Cuomo, foi muito elogiado no início da pandemia do coronavírus em 2020 pela maneira com que lidou com os números astronômicos do coronavírus em seu Estado na época. Alguns meses depois, Cuomo está sob a mira de autoridades e pedidos para que renuncie ao cargo.
Cuomo está sendo acusado de atrasar e mascarar números de um relatório com o número de mortos de idosos, a maioria moradores de asilos. O Departamento de Saúde de NY revelou que 8.5 mil pessoas morreram, quando na verdade, o número passava de 15 mil.
“Durante a primeira onda da pandemia, com dez mil infectados por dia no estado, o governador viu sua popularidade crescer mais do que nos últimos dez anos no cargo. Levou o crédito por reduzir o número de infectados, hospitalizações e mortos no estado. E publicou um livro fornecendo lições de liderança aprendidas na crise sanitária”, afirma a jornalista Sandra Cohen, em seu blog.
De acordo com o relatório da Procuradoria, a contagem oficial do estado excluía os idosos que morreram em hospitais, após serem removidos dos asilos. Os críticos deixam no ar a dúvida se Cuomo poderia ter feito mais para evitar os 46 mil mortos.
Agora, legisladores Democratas se juntam aos Republicanos para votar a remoção dos poderes executivos concedidos ao governador durante a pandemia. Restou a Cuomo tentar acalmar a rebelião em seu partido e na opinião pública, reconhecendo o erro por não fornecer em tempo hábil os dados corretos sobre as mortes em asilos.
Sem pedir desculpas, no entanto, ele negou ter maquiado os números: alegou que o vazio pela falta de informações “foi preenchido por ceticismo, cinismo e teorias da conspiração”. (Com informações do G1)