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Gol, Azul e Latam cortam voos internacionais após crise do coronavírus

Companhias aéreas vivem drama depois de demanda cair drasticamente devido à pandemia do coronavírus

Gol anuncia cancelamento de voos até junho (Foto Divulgação GOL)

As companhias aéreas de todo mundo vivem um drama devido à pandemia do coronavírus. Com a procura por passagens aéreas em queda livre e com o fechamento do espaço aéreo de vários países, a Gol vai cancelar todas as operações internacionais a partir da próxima segunda-feira (23) até o fim de junho. O cancelamento inclui destinos na América do Sul, Estados Unidos e México. A aérea citou necessidade de “se adequar ao novo cenário de demanda por transporte aéreo, dado o advento do coronavírus em nível global”.

A Azul, por sua vez, vai reduzir a oferta de assentos em até 25% em março e até 50% em abril, segundo comunicado da empresa. Todos os voos internacionais da companhia estão suspensos, exceto os com origem no aeroporto de Viracopos, o principal hub da empresa.

A Latam também divulgou que reduzirá suas operações em até 70%. Na malha internacional, a suspensão deve afetar 90% dos voos. Na semana passada, o Ministério da Infraestrutura anunciou que estava estudando um pacote de medidas para socorrer empresas aéreas, um dos segmentos mais afetados pela crise econômica decorrente do avanço da Covid-19. Medidas incluem desoneração da folha de pagamento e permissão para trocar reembolso por crédito de viagem. (Com informações do G1, Exame e Jornal do Comércio)

Gol

A Gol Linhas Aéreas anunciou que vai suspender todas as suas operações internacionais entre a próxima segunda (23) e o dia 30 de junho. A companhia aérea trabalha com voos entre o Brasil e 11 países: Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Estados Unidos, México, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname e Uruguai.

O último voo entre Brasília e Orlando será realizado no dia 20 de março; Fortaleza-Orlando também no dia 20; Manaus – Orlando teve o último voo no dia 14 de março e Brasília -Miami realiza o último voo dia 19 de março.

Em relação a voos domésticos, a empresa anunciou que vai reduzir sua malha aérea entre 50% e 60%. A diminuição das atividades totais até meados de junho deve atingir entre 60% e 70%, segundo comunicado da Gol.

A companhia diz que está flexibilizando políticas de remarcação e cancelamentos, tanto para voos internacionais quanto nacionais. As orientações foram dirigidas para passagens marcadas até o próximo dia 14 de maio.

Latam

A Latam Airlines, com sede no Chile, informou que reduzirá seus voos em 70%, diante dos desdobramentos da epidemia do coronavírus.

Em comunicado, a empresa afirmou que os voos internacionais serão reduzidos em 90%, enquanto os domésticos terão diminuição de 40%, seguindo-se ao fechamento de fronteiras em vários países e a subsequente queda na demanda.

“Tomamos essa decisão difícil após o fechamento de fronteiras que impossibilitaram a operação em grande parte de nossa rede. Se essas restrições de viagens sem precedentes forem estendidas nos próximos dias, não podemos descartar novas reduções em nossa operação”, disse o diretor comercial e presidente eleito da Latam, Roberto Alvo.

A companhia acrescentou que todos os passageiros com voos nacionais ou internacionais afetados poderão reprogramar seus voos até 31 de dezembro, sem custo adicional.

A empresa explicou ainda que seus canais de atendimento estão recebendo um grande número de consultas. Para poder se concentrar nos passageiros com casos mais urgentes, a Latam pediu que os clientes não liguem mais de 72 horas antes do voo.

Azul

A Azul anunciou nesta segunda-feira (16) uma série de medidas em resposta à evolução do novo coronavírus no Brasil, entre elas a redução de sua capacidade consolidada de 20% a 25% no mês de março, e entre 35% a 50% em abril e meses seguintes, até que a situação se normalize.

A companhia aérea também comunicou que, partir de 16 de março, todos os voos internacionais, exceto os que partem de Campinas (SP), serão suspensos.

“Embora nossa principal prioridade continue sendo a saúde e a segurança de nossos tripulantes e clientes, continuamos focados no ajuste da capacidade de acordo com a variação na demanda e na preservação de nossa posição de caixa durante esse período desafiador”, disse John Rodgerson, CEO da Azul.

A empresa também afirmou que está implementando medidas para reduzir o custo fixo de suas operações, que representa em torno de 40% do total de custos e despesas operacionais da empresa, entre elas a postergação do pagamento referente à participação nos lucros e resultados de 2019.

A Azul também anunciou um programa de licença não remunerada com 600 pedidos aprovados até o momento, além de redução de salário de 25% dos membros do comitê executivo até a normalização da situação, suspensão de novas contratações e de viagens a trabalho e despesas discricionárias.

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