DA REDAÇÃO – O presidente Donald Trump voltou sua mira para atacar a General Motors, que anunciou o corte de 8 mil postos de trabalho na América do Norte.
Trump disse que falou com Mary Barra, diretora executiva da primeira montadora de automóveis dos Estados Unidos. “Disse a ela que estava decepcionado”, contou. E assegurou: “Estamos fazendo muita pressão sobre eles”.
A empresa revelou um plano de reestruturação que inclui a eliminação de 15% de sua força de trabalho e o fechamento de sete fábricas, com o que espera economizar seis bilhões de dólares até o final de 2020.
O anúncio cai como um balde de água fria na administração Trump, que se gaba de fortalecer a base industrial do país e de proteger os empregos nos EUA.
Neste sentido, Trump renegociou o acordo de livre comércio com Canadá e México (Nafta) especificamente para favorecer o setor automobilístico americano e defender a indústria local diante da guerra comercial com a China.
Trump considera que a General Motors está em dívida com o país após ter sido socorrida com dinheiropúblico durante a crise financeira de 2008.
“Vocês sabem, os Estados Unidos salvaram a General Motors e não é bom que (a diretora executiva Mary Barra) ela tire esta companhia de Ohio”, disse Trump sobre uma das unidades que serão fechadas.
Fechando fábricas
A General Motors anunciou que cortará 15% de sua força de trabalho – cerca de 180 mil funcionários – como parte de uma grande reestruturação para economizar $6 bilhões, e a fim de se adaptar às “mudanças nas condições de mercado”.
O plano inclui o fechamento de três fábricas de montagem na América do Norte em 2019, além da interrupção de atividades em outras plantas de produção, com o objetivo de “priorizar investimentos futuros” para sua próxima geração de veículos elétricos.
“As ações que estamos adotando hoje prosseguem com nossa transformação para uma empresa mais ágil e rentável, ao tempo que nos dá mais flexibilidade para futuros investimentos”, declarou Mary Barra.
A GM destacou que à medida que otimiza a atual oferta de veículos “espera que mais de 75% de seu volume de vendas globais venha de cinco plataformas de veículos do princípio da próxima década”. Assim, a GM busca concentrar sua produção nos veículos mais rentáveis, como caminhonetes e SUVs.