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Galopando na Flórida: Brasil – Medalha de Farinha no CCE

Eduardo Garcia

A equipe brasileira de hipismo, modalidade Concurso Completo de Equitação (leia explicação abaixo), terminou em apagado nono lugar. O ouro foi para a Alemanha, a prata para a Inglaterra (com uma neta da rainha Elizabeth no time, Sarah Phillips, filha da princesa Anne) e o bronze para a Nova Zelândia.

O time do Brasil: Marcio Jorge Carvalho montando Josephine; Serguei Fofanoff, o Guega, com Barbara; Ruy Fonseca com Tom Bombadill Too; e Marcelo Tosi com Eleda All Black. Após o cross-country, a equipe subiu da 13ª para 10ª colocação, porém ficou desfalcada de Guega que sofreu dois desvios e ficou entre os 15 concorrentes eliminados durante o cross. Dos 75 competidores de 22 países e 13 equipes que largaram na competição, somente nove equipes e 53 conjuntos habilitaram-se para o primeiro percurso do salto.

Nessa etapa, Marcio Jorge / Josephine cometeu apenas uma falta. Já Marcelo Tosi / Eleda All Black fez oito pontos por falta e dois por excesso de tempo, e Ruy Fonseca / Tom Bombadill Too completaram a pista com 12 pontos perdidos, somando 295.20 pontos para o Brasil e o 9° lugar na classificação geral por equipes. No individual Ruy fechou em 42º lugar, Marcelo em 44º, e Marcio em 46º.

O que é CCE

O Concurso Completo de Equitação é uma modalidade do hipismo que engloba provas de adestramento, cross-country e salto, nessa ordem. As provas são realizadas individualmente e o cavaleiro não pode trocar de cavalo. Cada etapa tem um valor e a soma das três pontuações determina a classificação final. A competição começa com um rigoroso controle veterinário.

No adestramento, o cavalo deve realizar uma série de movimentos em uma arena fechada de 20×60 metros. O julgamento é subjetivo, à semelhança dos desfiles de escolas de samba e sempre tem alguém achando que foi injustiçado. A pontuação dos juízes varia de acordo com o balanço, o ritmo e a harmonia entre o cavaleiro e o cavalo.

A maior dificuldade da competição acontece na segunda etapa com a prova de cross-country. Dividida em quatro fases, a prova exige valentia, força e habilidade para passar sobre obstáculos artificiais e naturais, além de excelente capacidade de recuperação. Nas fases A e C, a dupla anda por trilhas, a fase B corresponde a uma série de obstáculos e na D o cross-country. Nessa etapa o controle veterinário é determinante. Qualquer alteração na saúde do animal pode resultar na desclassificação da dupla.

Após uma inspeção veterinária final, vem a prova de salto. O conjunto deve ter bom condicionamento físico e ser versátil para completar essa etapa com sucesso.

Ao final das três etapas, o campeão do concurso completo de equitação é a dupla que somar o menor número de pontos negativos.
O CCE nada tem a ver com o salto e o adestramento que ainda vão começar na Olimpíada de Londres e cujos resultados comentaremos na próxima semana.

(A série sobre drogas injetadas nos cavalos será retomada após os Jogos Olímpicos)


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