As perdas causadas pelo Furacão Milton podem chegar a até 34 bilhões de dólares, segundo estimativas da empresa de pesquisa CoreLogic, que considera danos causados por inundações e ventos. Destes valores, estima-se que de 4 a 6 bilhões sejam referentes a danos não segurados por inundações. O montante representa uma análise preliminar, que não inclui os danos provocados por pelo menos nove tornados que acompanharam a tempestade, e que resultou em pelo menos 24 mortes na Flórida, há poucas semanas.
Embora sejam perdas significativas, a análise indica que os danos poderiam ter sido ainda maiores. A maioria das apólices de seguro para proprietários não cobre danos causados por inundações, focando apenas nos danos resultantes dos ventos fortes. Os danos causados por inundações geralmente são cobertos pelo Programa Nacional de Seguro de Inundações (NFIP), administrado pela FEMA, que exige que proprietários em áreas de alto risco tenham seguro contra elas.
Ainda segundo a CoreLogic, a maior parte das perdas do Milton foi devido a danos causados pelo vento, o que se deve à interação incomum da tempestade com a corrente de jato sobre o sudeste dos Estados Unidos. Essa interação resultou em ventos mais fortes do que o normal no lado norte e noroeste do furacão.
Apesar disso, houve menos danos causados pelo vento do que o esperado, e os danos por inundação nas áreas populacionais, como a região da Baía de Tampa, foram limitados. Calcula-se, também, que as perdas ficarão abaixo das estimativas de 47,5 bilhões do Furacão Helene.
Mesmo assim, Milton pode se tornar um dos dez furacões mais caros da história dos EUA em termos de perdas seguradas. A situação se torna ainda mais desafiadora para os residentes da Flórida, que já enfrentam problemas no mercado de seguros devido à saída de seguradoras nacionais e à instabilidade de várias seguradoras locais.
