O furacão Michael tocou o solo da Flórida na tarde desta quarta-feira (10) com ventos catastróficos de 155 milhas por hora (250 km/h), categoria 4, segundo o National Hurricane Center. A força do furacão está a apenas duas milhas abaixo da categoria 5, a mais catastrófica na escala Saffir-Simpson.
O furacão de categoria quatro faz com que as árvores sejam arrastadas pelo vento e placas sejam arrancadas e destruídas. A força dos ventos e da chuva causa grandes danos nos telhados, janelas e portas das casas. Algumas paredes e tetos de residências são completamente destruídos. A água do mar avança cerca de 9,6 km continente adentro. Michael está seguindo na direção do Panhandle entre St. Vincent Island e Panama City, de acordo com último boletim do National Hurricane Center.
Até o momento, 51 mil pessoas estão sem energia elétrica na região do Panhandle na Flórida. Na Geórgia, 108 condados declararam emergência. Fortes chuvas atingem agora a cidade de Panama City Beach, na Flórida.
Michael é o furacão a atingir a região do Panhandle da Flórida na história. Baseado na força dos ventos, Michael fica atrás de Andrew (1992), Camille (1969) e um furacão sem nome que atingiu os EUA em 1935 com ventos de 184 mph.
‘Tempestade monstro’
Cerca de 3,7 milhões de pessoas estão sob alerta de furacão nas regiões de Panhandle e Big Bend, assim como no sudeste do Alabama e no sul da Geórgia.
O governador da Flórida, Rick Scott, classificou Michael como uma “tempestade monstro” e fez um apelo para que as pessoas obedeçam às ordens de esvaziamento.
O Serviço Meteorológico Nacional na capital do estado, Tallahassee, afirmou que o furacão Michael é “um fenômeno sem precedentes e não pode ser comparado com nenhum dos anteriores”. “Não arrisque sua vida, saia agora se você recebeu a ordem para fazer isto”, afirma o comunicado.