DA REDAÇÃO – A passagem do furacão Matthew deixou mil mortos no Haiti, segundo autoridades locais ouvidas pela agência de notícias Reuters. O balanço oficial feito pela Defesa Civil é de 473 mortos. Pelo menos 34 pessoas morreram nos Estados Unidos devido à passagem do furacão Matthew. Além do Haiti e dos EUA, a tempestade também provocou estragos em Cuba e na República Dominicana.
A maior parte das vítimas dos EUA residia na Carolina do Norte, onde muitas pessoas morreram afogadas em carros inundados pelas enchentes provocadas pelo furacão
No país mais pobre das Américas, o Haiti, há milhares de casas destruídas e muitos bairros seguem inundados na península do sudoeste do país. O furacão é o mais forte a atingir o Caribe desde 2007, e foi justamente no Haiti que o Matthew causou mais destruição. O país mais pobre das Américas foi devastado por um terremoto em 2010 e até hoje ainda não se recuperou completamente.
O vento de cerca de 140mph derrubou árvores, barrancos e pontes, além de destruir milhares de casas. Militares brasileiros estão ajudando os moradores desde terça (4), quando o olho do furacão atingiu o Haiti.
Na manhã de sexta (7), o senador haitiano Hervé Fourcan disse à agência de notícias France Presse que o acesso a muitas regiões atingidas pelo furacão no país está difícil, então é provável que o número de mortes continue aumentando.
Na quinta (6), a Cruz Vermelha lançou um apelo de emergência para obter ajuda imediata para 50 mil haitianos. Milhares foram levados para abrigos onde falta água e comida. Hospitais estão lotados e sem remédio.
A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) busca $ 6,92 milhões para ajudar a providenciar ajuda médica, abrigos, água e saneamento durante o próximo ano para pessoas afetadas pelo furacão no país.
“Estamos extremamente preocupados com a segurança, saúde e bem-estar das mulheres, homens e crianças que foram impactados, principalmente em cidades remotas e vilarejos”, disse a chefe da divisão da América Latina da IFRC, Ines Brill, em comunicado.
A Cruz Vermelha estimou que mais de um milhão de pessoas no Haiti foram afetadas e centenas de milhares precisam de assistência humanitária.