O furacão Dorian vem fazendo estragos há mais de uma semana. Pelo menos 30 pessoas morreram nas Bahamas e centenas estão desparecidas, de acordo com as autoridades do arquipélago. Nos EUA, quatro mortes estão relacionadas à passagem do furacão.
Na manhã desta sexta-feira (6), Dorian tocou o solo da cidade Cape Hatteras, na Carolina do Norte, como furacão de categoria 1, com ventos de 90 milhas por hora. Dorian se move no sentido da Nova Inglaterra entre hoje e amanhã. A expectativa é que a tempestade se dissipe nos próximos dias.
Já houve fortes chuvas na região costeira entre as cidades de Charleston, na Carolina do Sul, e Wilmington, na Carolina do Norte, dezenas de casas foram destelhadas e cerca de 7 mil pessoas estão sem energia elétrica na região.
Vários moradores da costa da Carolina do Norte Norte acataram as ordens de deixarem suas casas, mas outros protegeram suas residências com placas de madeira e se preparavam para enfrentar o furacão.
Em Charleston, Carolina do Sul, os fortes ventos já derrubaram árvores, semáforos e postes de luz. As ruas estavam desertas e a maioria dos comércios tinha as janelas tapadas.
Nos EUA, um jardineiro morreu eletrocutado enquanto podava árvores em Naples, na Flórida; outros dois homens também morreram na Flórida preparando as residências para a passagem de Dorian; na Carolina do Norte, um homem de 85 anos morreu ao cair de uma escada enquanto instalava proteção em sua casa.
Devastação nas Bahamas
O primeiro-ministro das Bahamas Hubert Minnis disse que o furacão deixou uma “devastação geracional”. Há ao menos 30 mortos, e este número deve aumentar.
As Nações Unidas enviarão “em breve” oito toneladas de suprimentos às Bahamas, onde cerca de 76 mil pessoas podem estar precisando de ajuda, 60 mil delas na forma de comida, segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA).
“As projeções realizadas logo antes do impacto do ciclone indicam que mais de 76.000 pessoas em Ábaco e Grand Bahama podem estar precisando de comida ou ajuda humanitária”, informou um porta-voz da agência especializada da ONU, Herve Verhoosel.
O secretário-geral adjunto para Assuntos Humanitários da ONU, Mark Lowcock, disse depois de se reunir com Minnis, chegaram à conclusão que os abrigos precisam de água potável, alimentos e remédios para cerca de 50.000 pessoas em Grand Bahama e para entre 15.000 e 20.000 em Grande Ábaco.
A Guarda Costeira americana e a Marinha Real britânica têm transportado sobreviventes e provisões de emergência na medida em que as águas das inundações retrocedem nas Bahamas.
“Estamos correndo contra o tempo para ajudar os necessitados”, disse o secretário-britânico de Desenvolvimento Internacional, Alok Sharma.
Em Grand Bahama foram usadas motos aquáticas e botes para retirar vítimas das casas inundadas ou destruídas pela tempestade.
Helicópteros americanos e britânicos têm feito evacuações médicas e avaliações aéreas para ajudar a coordenar os esforços de socorro e voos de reconhecimento para conhecer os danos. A Guarda Costeira americana disse que havia resgatado 135 pessoas nas Bahamas nesta quinta-feira com 10 helicópteros e três barcos. (Com informações da CNN e G1)