Os iguanas verdes se converteram em uma presença comum no sul da Flórida e estão causando danos ao longo de toda a costa. Na falta de seus predadores naturais, estes animais se multiplicam a uma taxa sem precedentes e estão destruindo o habitat de outras espécies nativas como borboletas e aves, deixando-as sem alimento.
Eles estão em casas, centros recreativos, campos de golfe, parques e tanques. Embora não sejam agressivos com as pessoas, podem mordê-las se sentirem-se ameaçados, e também causar enfermidades diarreicas, pois deixam excrementos nas piscinas que contém a bactéria salmonela que causa diarreia, vômitos, dor abdominal, febre e dor de cabeça por até quatro dias. Além disto, este réptil prejudica a agricultura comendo as colheitas e jardins, provocando o atraso de voos comerciais nos aeroportos, cavando buracos à beira das estradas e até provocando apagões do serviço eléctrico. Também podem afetar o turismo, porque ninguém gosta de nadar em uma piscina com iguanas ou com seus excrementos.
Segundo o especialista em conservação Joseph Wasilewski, que há décadas estuda os répteis em todo mundo, a população de iguanas é alta e, além disto, a taxa de reprodução está crescendo rapidamente. As autoridades não têm nem pessoal nem recursos para atender todos os casos de pessoas que pedem ajuda para se livrar destes répteis. Estes mesmos funcionários também estão encarregados de atender às emergências com outra das espécies invasoras da Flórida: a cobra piton. Em comparação com um incidente com uma piton, uma chamada de emergência por um iguana passa para o segundo plano.
“A Comissão de Conservação de Peixes e Vida Silvestre da Flórida não pode sair e retirar os iguanas de todo lugares. É humanamente impossível”, explica Kristin Sommers, coordenadora de espécies exóticas deste órgão.