Florida Attorney General , Ashley Moody, do partido Republicano, anunciou nesta quarta-feira (9) que assinou um documento pedindo à Suprema Corte dos EUA para considerar uma ação judicial do estado do Texas que busca anular a vitória do presidente eleito Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020.
Além da Flórida, outros 16 estados aderiram à ação judicial: Missouri, Alabama, Arkansas, Indiana, Kansas, Louisiana, Mississipi, Montana, Nebraska, North Dakota, South Dakota, Oklahoma, South Carolina, Tennessee, Utah e West Virginia.
A petição pede aos magistrados que emitam uma ordem de emergência para invalidar as cédulas de milhões de eleitores na Georgia, Wisconsin, Michigan e Pennsylvania, mesmo sem que nenhuma evidência de fraude tenha sido constatada. Biden venceu em todos eles.
O argumento usado pelo grupo encabeçado pelo Texas é que esses estados expandiram a votação pelo correio em meio à pandemia do coronavírus, sem terem competência legal para isso. Com isso, o Texas Attorney General, Ken Paxton, pede que eles sejam barrados de votarem no Colégio Eleitoral no próximo dia 14.
A projeção é que a eleição de Biden seja confirmada na próxima semana com 36 delegados a mais do que os 270 necessários para conquistar a Casa Branca.
“A integridade e a resolução das eleições de 2020 são de suma importância”, escreveu a procuradora da Flórida em um post no Twitter.
Nikki Fried, Agriculture Comissioner of Florida, rebateu as declarações de Moody dizendo que “é decepcionante, mas previsível, que ela não esteja agindo no interesse do povo para o qual foi eleita, mas no interesse próprio de um presidente que perdeu uma eleição e não consegue enfrentar a realidade de sua derrota”.
Michigan Attorney General, Dana Nessel, também comentou a ação do Texas e o apoio dos 17 estados: “é um golpe publicitário, não um apelo legal sério”.
“A erosão da confiança em nosso sistema democrático não pode ser atribuída ao bom povo de Michigan, Wisconsin, Geórgia ou Pennsylvania, mas aos funcionários partidários, como Paxton, que colocam a lealdade a uma pessoa acima da lealdade a seu país”, disse Nessel em um comunicado.