O Centers for Disease Control (CDC) reportou nesta sexta-feira (19) o primeiro caso da variante brasileira do coronavírus P.1, na Flórida.
Em todos os EUA existem cinco casos de infecções pela P.1 confirmados: Dois em Minnesota, Maryland, Oklahoma e agora Flórida com um caso cada.
O órgão não informou em qual região do estado a contaminação foi constatada e se a pessoa infectada viajou ao Brasil recentemente.
Até esta sexta-feira todos os casos de contágio por mutações do coronavírus na Flórida eram pela variante B.1.1.7 do Reino Unido – 433 no total.
“Estou mais preocupado com a mutação brasileira do que com a mutação do Reino Unido”, disse o dr. Thomas Unnasch, professor da University of South Florida ao canal NBC News.
Ele justificou que a variante brasileira tem sofrido mutações com mais frequência que qualquer outra, o que faz com que a eficácia da vacina para combater esse vírus seja posta em xeque. “É com isso que realmente me preocupo”, disse.
Ele também disse que o P.1 é a variante que se espalha com mais facilidade e rapidez o que pode, segundo o professor, “ levar a mais hospitalizações e potencialmente a mais mortes”.
Nesta quinta-feira (17), a imprensa da cidade de L’Aquila, na Itália, noticiou a contaminação pela P.1 de um profissional de saúde, mesmo após ele ter sido vacinado. As autoridades sanitárias do país italiano acreditam que a vacina pode ter protegido o paciente contra sintomas graves.
No último dia 25 de janeiro, o presidente Joe Biden publicou um decreto proibindo a entrada nos Estados Unidos de viajantes não americanos provenientes do Brasil, África do Sul, Reino Unido, e mais 26 países da União Europeia com o objetivo de barrar a entrada das variantes da covid-19 no país.
Biden também determinou que qualquer pessoa que viaje para os EUA apresente teste negativo de covid-19 feito até três dias antes do embarque e recomendou quarentena de 14 dias após a chegada.