De acordo com o Departamento de Saúde da Flórida, o estado registrou 65 casos de contaminação por Vibrio vulnificus, uma bactéria potencialmente mortal, desde a passagem do furacão Ian, em setembro. Somente o condado de Lee registrou 29 casos e 4 mortes na sexta-feira (14), recorde na região.
O número total no estado é também o mais alto desde que as infecções por Vibrio vulnificus começaram a ser rastreadas em 2008. O próximo ano mais alto foi 2017, quando o furacão Irma causou extensas inundações. Naquele ano, houve 50 casos em todo o estado e 11 mortes.
A bactéria, encontrada em água morna e salobra, geralmente entra no corpo humano através do consumo de frutos do mar crus ou mal cozidos, embora também possa causar infecções através de feridas abertas, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Com as inundações causadas pelo furacão Ian, um número alto de pessoas entrou em contato com água parada em circunstâncias de potencial contaminação.
A infecção é especialmente perigosa para quem tem doença hepática crônica ou toma medicamentos imunossupressores. A bactéria também pode entrar na corrente sanguínea, causando sepse e levando à falência de órgãos e, às vezes, à morte. A bactéria não é transmitida de pessoa para pessoa.
Uma vez que o Vibrio vulnificus entra na pele humana, se torna necrosante e pode exigir amputação para conter a propagação da bactéria pelo corpo. Os sintomas da infecção incluem febre, calafrios e, posteriormente, uma queda na pressão arterial e lesões na pele com bolhas. O Departamento de Saúde da Flórida recomenda que pessoas com esses sintomas, especialmente as que foram expostas à enchentes causadas pelo Ian, busquem atendimento médico rapidamente.