No ano 2000, a Flórida aprovou a lei Safe Haven, que permite aos pais colocarem anonimamente seus bebês recém-nascidos em caixas para serem adotados. As caixas, que lembram caixas de correios, são instaladas em hospitais, corpo de bombeiros ou postos médicos. Quando um bebê é colocado ali, um alarme silencioso é acionado em serviços de emergência, que resgatam a criança em 60 segundos. Nesta quarta-feira (4), uma pessoa deixou um bebê na Safe Haven Baby Box em Ocala, na Flórida, marcando a primeira vez que o equipamento foi usado desde que a legislação entrou em vigor há mais de 22 anos.
A caixa está localizada na sede do Corpo de Bombeiros e é a única em todo o estado. O objetivo é combater as mortes de crianças por abandono. As unidades têm aquecedores, resfriamento e, uma vez fechadas por fora, somente agentes de segurança podem acessá-la pelo lado de dentro. Normalmente, elas são fornecidas por instituições de caridade que cobram entre $200 e $300 por ano para manutenção.
“Quando lançamos esta caixa na Flórida, eu sabia que não seria uma questão de ‘se’, mas ‘quando’”, disse Monica Kelsey, fundadora da Safe Haven Baby Boxes, à NPR News. Segundo Kelsey, vários outros locais no estado estão interessados em aderir as caixas, que existem nos Estados Unidos desde 2016. Somente na Indiana há 92. O Texas foi o primeiro a aprovar uma lei do tipo em 1999, e estima-se que mais de 100 bebês já foram entregues desde então. Abandonar uma criança nos EUA é considerado crime, mas as leis de Safe Haven removem o aspecto ilegal, caso o bebê seja levado a um lugar seguro, ou for entregue às mãos de outra pessoa.