A Flórida está enfrentando um aumento significativo nos casos de Covid-19 neste verão, com os maiores números semanais do ano. Na primeira semana de julho, o Departamento de Saúde do estado relatou 21.531 novos casos, um aumento de aproximadamente 11% em relação ao menor total semanal registrado em abril, que foi de 2.390 casos.
Os totais por condado também mostram um aumento, embora tenha havido uma leve diminuição de uma semana para a outra. Miami-Dade registrou 4.119 casos na primeira semana e 3.568 na segunda. Broward reportou 2.225 casos na primeira semana e 1.718 na seguinte. Palm Beach, Hillsborough e Orange também ultrapassaram 1.000 casos em ambas as semanas.
Essa alta nos casos superou o pico de inverno registrado em janeiro e se alinha com uma tendência crescente de Covid-19 observada em todo o país. Segundo os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a atividade viral em águas residuais está alta, mas as hospitalizações, gravidade e mortes permanecem baixas. A maioria dos casos relatados refere-se às subvariantes altamente transmissíveis da variante Ômicron, que, embora muito contagiosas, causam infecções leves.
Ira Longini, professor de bioestatística da Universidade da Flórida, explica que as atuais cepas do vírus evoluíram para causar sintomas semelhantes aos de um resfriado comum, como febre leve, dores no corpo, nariz entupido e dificuldade para respirar. “É uma infecção que afeta mais o trato respiratório superior e não chega aos pulmões, resultando em uma doença leve para a maioria das pessoas”, afirma Longini.
Apesar da gravidade reduzida, alguns indivíduos com condições subjacentes ainda podem enfrentar complicações sérias, como hospitalização ou até mesmo morte. A Flórida registrou 3.000 mortes por Covid-19 até junho deste ano, uma redução em relação às 8.000 mortes do ano passado. Em Orange County, foram reportadas cerca de 121 mortes em 2024, uma queda em comparação com as 329 do ano passado.
Quanto às medidas de precaução, Longini recomenda que pessoas infectadas comecem uma quarentena de três a cinco dias ou usem máscara para proteger os imunocomprometidos. Os CDC também sugerem cinco dias de quarentena e precauções adicionais por 10 dias, incluindo o uso de máscara em público.
Em relação às vacinas, a adesão caiu significativamente desde o pico em 2021, quando 15 milhões de floridianos receberam pelo menos uma dose. Em 2023, esse número caiu para 1,9 milhão. Embora as vacinas possam não corresponder perfeitamente às cepas atuais, elas ainda oferecem proteção contra infecções leves e reduzem o risco de doenças graves. Longini recomenda o uso de máscara em grandes aglomerações ou em aviões para proteção pessoal, se desejado.
Fonte: Health News Florida