A partir do próximo dia 1º de junho as pessoas que estão no sistema do seguro-desemprego da Flórida terão que comprovar que se candidataram a pelo menos cinco ofertas de empregos por semana.
A regra já era exigida anteriormente, mas foi suspensa pelo governador Ron DeSantis durante a pandemia de covid-19.
Dane Eagle, diretor-executivo do Florida Department of Economic Opportunity, explicou que o restabelecimento da norma é uma forma de acabar com a dificuldade de contratar funcionários que vem sendo enfrentada por donos de negócios.
“Bem-vindos à nova pandemia. A pandemia de 2021 é a falta de pessoas para trabalhar. Então, temos que acabar com isso”, declarou Eagle durante uma coletiva de imprensa no Metro Deli, em Tallahassee.
Ele falou que muitas pessoas estão “tirando proveito” do benefício semanal de $575 dólares pagos pelos governos federal ($300) e estadual ($275), e considerou o valor competitivo quando comparado ao salário oferecido por algumas empresas.
“Muitos restaurantes tiveram que fechar mais cedo ou abrir mais tarde ou fechar em determinados dias da semana porque ninguém aparecia para trabalhar”, declarou.
O diretor explicou que a nova medida autorizará os proprietários de negócios a denunciarem os solicitantes do auxílio que não estiverem cumprindo o requisito.
“Então, se você estiver se candidatando a um emprego e não comparecer para uma entrevista ou recusar um trabalho adequado, isso será relatado para nós e você não poderá mais receber o dinheiro”, alertou.
Em março, a taxa de desemprego na Flórida estava em 4,7%, o que corresponde a 475 mil desempregados de um total de 10,1 milhões de pessoas que compõem toda a força de trabalho do estado.
No mês passado, o Senado estadual aprovou o projeto de lei SB 1906 que aumentaria cem dólares nos pagamentos semanais, passando para $375.
O projeto também mudaria o regra de procura de trabalho diminuindo as candidaturas de cinco para três por semana, podendo chegar a até duas buscas no caso de moradores de condados com menos de 75 mil habitantes. Mas o governador Ron DeSantis se opôs a proposta que acabou recusada pela Câmara dos Deputados.