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Flórida é o território fora da China com maior risco de clima severo no mundo, revela pesquisa

Condados de Broward, Monroe, Pinellas, Lee, e Miami-Dade podem ficar totalmente cobertos pela água em 80 anos, com risco de desaparecimento

Especialistas em mudanças climáticas da empresa de consultoria australiana XDI The Cross Dependency Initiative avaliaram mais de 2.600 regiões em todo o mundo e concluíram que a Flórida é o território –fora da China– mais vulnerável aos efeitos do superaquecimento global. O estudo publicado na segunda-feira (20), considera as jurisdições com atividades industriais e econômicas intensas, associadas aos riscos de eventos climáticos como inundações pluviais e costeiras, calor extremo, incêndios florestais, furacões e tornados, geadas e os degelos.

Os lugares do planeta elencados no topo da lista, são aqueles que, de acordo com as projeções, sofrerão as piores consequências do aumento de 3 graus Celsius (5,4 graus Fahrenheit) na temperatura da terra até o final do século; conforme previsto pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU.

A Flórida ocupa o 10º lugar no ranking dos top 20; a Califórnia o 19º, e o Texas ficou em 20º. Todas as outras posições são tomadas por cidades e territórios chineses, e alguns indianos. New York aparece em 46º.

Em 2021, a prefeita de Miami-Dade, Danielle Levine-Cava, anunciou investimentos de bilhões de dólares para barrar a elevação da superfície do mar, que avança sobre as praias e provoca inundações, principalmente durante a temporada de furacões.

A National Oceanic and Atmospheric Administration, NOAA, prevê que até o início do próximo século, os níveis dos oceanos vão subir até 0.3m acima do estimado no ano 2000. Em várias cidades estadunidenses pode ocorrer a inundação total da costa. Ao menos 36 delas só no estado da Flórida, de acordo com o instituto Climate Central. Alguns condados do sul e sudeste do estado, como Broward, Monroe, Pinellas, Lee, e Miami-Dade, podem ficar totalmente debaixo d’água em 80 anos, com risco de desaparecimento.

A XDI The Cross Dependency Initiative destaca que o recente relatório deveria encorajar os países a emitirem menos CO2 para limitar o aquecimento global e evitar suas consequências. Os dados revelados, segundo os estudiosos, terão impacto – por exemplo, no preço de alguns títulos imobiliários – e no comportamento dos agentes econômicos nessas localidades.

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