A missão do Atlético Mineiro era complicada. Afinal, o Galo das Alterosas precisaria reverter uma vantagem de dois gols sobre o Flamengo, que fez 3 a 1 no Maracanã, diante de seus 44.876 pessoas que lotaram o a Arena MRV para uma renda de R$ 10.410.129,58 – o clube mineiro bateu o recorde de renda nesta temporada.
No primeiro tempo, o jogo foi marcado pelo equilíbrio, com o Flamengo jogando mais atrás e explorando os contra-ataques enquanto o Galo adotou uma postura mais ofensiva, tentando marcar pelo menos um gol para diminuir a vantagem do oponente.
Apesar do empenho dos jogadores atleticanos, no entanto, as equipes foram para o intervalo com o placar apontando 0 a 0. Na volta para a segunda etapa, o técnico Gabriel Milito promoveu duas alterações, sacando Lyanco, que compunha a linha de três zagueiros e havia recebido cartão amarelo, e o inofensivo Otávio para as entradas do lateral-direito Saravia e o centro-avante Alan Kardec. O time local se tornou mais agressivo, porém não conseguiu furar a retranca flamenguista.
Na tentativa de tornar seu time ainda mais ofensivo, Milito substituiu Gustavo Scarpa e Zaracho e colocou em campo Allison e Bernard. Depois trocou Guilherme Arana por Rubens. As mudanças se revelaram desastrosas para o time da casa. O Galo se desarticulou e perdeu todo o senso de marcação, propiciando uma série de contra-ataques ao Flamengo. O lateral-direito Wesley foi um dos principais destaques do Rubro-Negro carioca, enquanto o goleiro Everson evitou uma goleada perante sua torcida com intervenções providenciais.
Entretanto, a partida foi definida de maneira inusitada. O Atlético Mineiro deesperdiçou uma oportunidade de ouro para abrir o placar, com Paulinho furando quase dentro do gol. Na sequência da jogada, o Flamengo puxou um contra-ataque letal, que culminou com o gol de cobertura anotado pelo equatoriano Gonzalo Plata.
Os jogadores titulares e reservas estavam comemorando quando receberam uma chuva de objetos - e até bombas – atirados em direção a eles. O jogo foi paralisado até que tudo se acalmasse. Depois disto, o árbitro Raphael Klaus deu nove minutos de acréscimos, mas quase não se viu mais futebol, e somente restou aos flamenguistas em campo e nas arquibancadas comemorarem o quinto título obtido pelo clube da Gávea, igualando-se ao Grêmio como os maiores vencedores desta competição. Vale destacar que o Rubro-Negro carioca chegou a três finais consecutivas, tendo vencido o Corinthians em 2022, perdendo para o São Paulo no ano passado e reconquistando a taça este ano.
De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os finalistas dividiram uma premiação de R$ 105 milhões – o maior da história da Copa do Brasil. O campeão ficou com a maior parte do montante, R$ 73,5 milhões, e o vice-campeão recebeu R$ 31,5 milhões. Além desta grana, o Flamengo carimbou sua presença na Copa Libertadores da América de 2025.
As duas equipes voltam a se enfrentar na quarta-feira (13) no Rio de Janeiro pelo Brasileirão. O Galo precisa mais da vitória do que o Flamengo para escapar definitivamente do perigo do rebaixamento. E o Alvinegro mineiro voltará a campo no sábado (16) para enfrentar o Athletico em outro jogo atrasado.
Ao Atlético Mineiro tem outra chance de ganhar um torneio importante no dia 30 de novembro, quando enfrentará o Botafogo pelo título da Copa Libertadores da América em Buenos Aires.
Esse pode ter sido a última taça conquistada por Gabigol com a camisa do Flamengo. O artilheiro, que marcou dois gols no jogo de ida da Copa do Brasil e se tornou um dos maiores ídolos da torcida flamenguista, está de malas prontas para se mudar para a Toca da Raposa em 2025. Ou seja, os torcedores do Galo terão mais razões para se preocupar com Gabigol…
