Pelo menos 150 pessoas morreram em mais de 400 tiroteios ocorridos em todos os EUA durante o fim de semana de 4 de julho.
E esta estatística pode ser ainda mais assustadora, considerando que a organização Gun Violence Archive, que pesquisa esses dados, continua trabalhando na atualização das informações das últimas 72 horas, com base em relatórios policiais.
Apenas na cidade de New York, a violência armada fez 26 vítimas fatais em 21 tiroteios registrados entre sexta-feira(2) e domingo(4). Neste ano, os incidentes deste tipo em NY aumentaram quase 40% na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 885 vítimas até o momento, de acordo com o New York Police Department.
Em Chicago, 83 pessoas ficaram feridas e 14 morreram baleadas entre as 6pm de sexta-feira e 6am desta segunda.
Tiroteios em massa (quando quatro ou mais pessoas são atingidas), foram contabilizados em Fort Worth, onde um grupo de homens abriu fogo contra várias pessoas em um lava-jato; em Norfolk, Virgínia, quatro adolescente com idade entre 14 e 16 anos foram baleados e se recuperam em um hospital; e no subúrbio de Atlanta, o jogador de golfe Gene Siller e outras três pessoas foram encontradas sem vida com ferimentos a bala.
O relatório da Gun Violence Archive indica que, na Flórida, houve registro de ao menos cinco vítimas fatais de armas de fogo no fim de semana.
Durante um discurso no final de maio, o presidente Joe Biden classificou a violência armada nos EUA de “epidemia” e “vergonha internacional”.
O presidente apresentou uma série de propostas para reduzir os crimes com armas de fogo. Entre elas, o fim das vendas on-line de armas e munições, a responsabilização de adultos que dêem a menores o acesso a armas, e o financiamento do sistema de verificação de antecedentes criminais das pessoas que se candidatam à posse de armamentos.
Algumas questões-chave sobre este assunto, entretanto, estão paralisadas no Congresso, em parte por causa da divisão partidária, onde muitos parlamentares, a maioria republicanos, alegam violação à 2ª Emenda da Constituição americana que concede o direito ao porte de armas de fogo aos cidadãos do país.