Simulação de assassinato gerou críticas na Grã-Bretanha e nos EUA
Um filme que simula o assassinato do presidente americano, George W. Bush, foi criticado na Grã-Bretanha antes mesmo da estréia.
Usando efeitos de computador, a ficção de 90 minutos mostra Bush sendo atingido por uma bala disparada por um atirador de elite, durante uma manifestação imaginária contra a Guerra do Iraque, no futuro próximo de 2007.
A partir daí, inicia-se uma investigação focada em um cidadão sírio.
Morte de um presidente, produzido pelo canal britânico More4, será exibido no Festival de Cinema de Toronto e estreará na TV britânica no dia 9 de outubro, disseram os produtores.
Mas a organização MediaWatch já qualificou o filme de “irresponsável”.
“Há um forte sentimento contra o presidente Bush, e (o exemplo) pode muito bem colocar idéias na cabeça das pessoas”, disse o porta-voz da MediaWatch, John Beyer.
A Casa Branca disse que a obra “não é digna de resposta”.
Sensacionalismo
O diretor do canal, Peter Dale, disse que “a intenção por trás da obra é boa”.
“Não se trata de sensacionalismo nem simplismo, mas de um drama provocante e forte. Algumas pessoas ficarão aborrecidas, mas é uma obra sofisticada”, afirmou Dale.
O diretor acrescentou que a ficção é “um exame do que a guerra ao terror fez no corpo político americano”.
Uma porta-voz do Partido Republicano dos Estados Unidos descreveu o drama como “chocante” e “perturbador”.
“Não posso apoiar um vídeo que simule o assassinato de nosso presidente, real ou imaginário”, disse Gretchen Essell.
“A grande realidade é que o terrorismo ainda existe em nosso mundo. A guerra contra o terror não acabou.”
Outros destaques do canal incluem O julgamento de Tony Blair e A tribo de Saddam.