A halterofilista Hidilyn Diaz fez história na segunda-feira (26), ao se tornar a primeira atleta das Filipinas a ganhar ouro em uma Olimpíada.
Além do título, a jovem de 30 anos bateu o recorde olímpico ao levantar 224 kg. A prata ficou com a chinesa Liao Qiuyun, que era a favorita e levantou só um quilo a menos.
O porta-voz presidencial das Filipinas, Harry Roque, parabenizou Diaz por “trazer orgulho e glória” à nação insular em um comunicado postado no Twitter na segunda-feira. “Toda a nação filipina está orgulhosa de você”, disse ele.
Desde que mandou sua primeira delegação para participar dos Jogos Olímpicos de Paris, em 1924, a nação do sudeste asiático de cerca de 108 milhões de habitantes conquistou apenas 10 medalhas: 3 pratas e 7 bronzes.
Diaz está em sua quarta Olimpíada. Mas antes mesmo da vitória desta segunda-feira, ela já havia garantido seu lugar entre os memoráveis ao conquistar a medalha de prata nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 – a primeira para uma mulher de seu país.
Devido a restrições ligadas à pandemia de covid-19 nas Filipinas, a atleta treinou na Malásia. Em um vídeo postado no Instagram, ela usa garrafas de água presas a uma vara de madeira para treinar.
“Sim, eu faço isso. Eu carrego uma garrafa de água para meu treinamento de levantamento de peso. É difícil, mas sobrevivemos, ainda vivendo o sonho em meu coração”, dizia a legenda.
Como prêmio, ela receberá 33 milhões de pesos filipinos ( cerca de $655 mil) sendo 10 milhões do governo e 23 milhões da iniciativa privada.
Além do dinheiro, que é uma fortuna para os padrões econômicos do país, a atleta vai ganhar uma casa de 14 milhões de pesos (quase $280 mil) de uma imobiliária.