Era manhã de 16 de julho, uma segunda-feira, por volta das 8 da manhã, quando Roseli Araújo deu um beijo de feliz aniversário no filho Christopher Siqueira, que estava completando 17 anos, foi tomar banho e deixou o filho no quarto. Ao sair do banho, ela não viu o filho – eles tinham uma consulta marcada para o adolescente – teve um aperto no peito, viu que ele deixou o celular, a identidade e não tinha nenhum dinheiro e saiu para procura-lo pela vizinhança em Doral (FL). Desde então, ela nunca mais viu Christopher.
Roseli, que vive nos EUA há 19 anos, tinha acabado de se mudar com o filho para Doral, eles moravam em Aventura (FL). Ela tem outros dois filhos, que são casados e não moram com ela. No dia anterior ao desaparecimento, a família teve um almoço para celebrar a data.
“Desde que terminou um namoro de dois anos em abril, ele não foi mais o mesmo. Estava deprimido, não quis mais ir para a escola, só queria ficar em casa. Logo que notei que ele estava diferente do normal, já marquei uma consulta médica, procurei ajuda, mas ele sempre dava uma desculpa para não ir às consultas. Mesmo assim eu insistia e estava ciente do problema”, contou ao AcheiUSA a mãe de Chistopher.
De acordo com Roseli, a última vez que o jovem foi visto foi no dia 17 de julho na casa de uma amiga próxima. “Ela disse que ele passou por lá porque queria vê-la. Os investigadores foram até essa menina, eu também mantenho contato e ela afirma que não sabe onde ele está”.
Ela disse que o filho era uma pessoa de poucos amigos, mas nunca teve nenhum problema em se relacionar, não tinha envolvimento com drogas, mas de fato enfrentava uma depressão. “Um dia cheguei ao apartamento em que morávamos no sétimo andar, ele apresentou uma reação estranha, chorava muito e disse que pularia ou que me faria pular, falou que não tinha comida na geladeira e a geladeira estava cheia. Procurei ajuda, os médicos não detectaram nada de anormal em sua saúde mental e recomendaram um acompanhamento desde então”.
Situação desesperadora
Há quase 15 dias, Roseli não consegue dormir direito, quando consegue, acorda com o coração disparado. Algumas noites, ela vaga sozinha procurando o filho pelas ruas. “É desesperador. Ele não tinha dinheiro, carteira de identidade, nem celular. Não posso imaginar o que tenha acontecido. É muito assustador você não ter ideia de onde o seu filho está”, afirma Roseli, que está contando com o apoio de investigadores, da polícia de Doral e da fundação Missing Children Global Network.
Ela pede a ajudar da comunidade para encontrar seu filho caçula. Qualquer informação pode ser dada a Roseli pelo telefone (786) 394-0280.