Bernanke admite, porém, que o nível de desemprego permanecerá alto por algum tempo
Depois de ganhar força no quarto trimestre de 2010, principalmente impulsionado por um aumento no consumo e pela redução dos estoques nas empresas, a economia americana deve registrar crescimento autossustentável neste ano. Esta é a expectativa do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, que prevê um contínuo aumento na produtividade. A maior autoridade do banco central americano, porém, admite que em 2011 o desemprego ainda vai incomodar.
Citando o declínio no número de pedidos de auxílio-desemprego, Bernanke disse que o ritmo da recuperação será ainda maior do que em 2010, com pouca pressão da inflação, apesar do recente aumento dos preços globais dos alimentos e da energia ” o aumento de preços em dezembro foi de apenas 1,2%, abaixo da estimativa dos economistas. Bernanke também disse que os EUA enfrentam desafios fiscais significativos e afirmou que o Congresso precisa preparar um plano para evitar que a dívida pública cresça ainda mais. “Os desafios fiscais de longo prazo que se apresentam à nação são especialmente assustadores porque são produto de tendências poderosas, não fatores temporários ou de curto prazo”, avaliou o presidente do Fed.
Já o setor de serviços em janeiro teve o maior crescimento desde agosto de 2005. Segundo o Instituto de Gestão de Fornecimento, o índice de atividade subiu de 57,1 em dezembro para 59,4 no mês passado. A média das previsões do mercado apontava para uma leitura de 57, lembrando que qualquer valor acima de 50 indica expansão para o setor.
Nem mesmo o frio intenso que afetou boa parte do país no primeiro mês do ano foi suficiente para conter o ímpeto dos consumidores americanos. As principais empresas varejistas dos Estados Unidos registraram aumento de 4,2% nas vendas em janeiro, acima da projeção de alta de 2,7%. Em dezembro do ano passado o índice já havia mostrado avanço de 3,1%.