DA REDAÇÃO, COM AGÊNCIAS – O Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos) decidiu subir a taxa de juros do país pela primeira vez em quase uma década, após reunião encerrada nesta quarta-feira (16). Como esperado, as taxas serão elevadas entre 0,25% a 0,50%.
A alta dos juros, mantidos entre zero e 0,25%, era amplamente esperada pelo mercado. A última elevação dos juros ocorreu em junho de 2006.
Em nota, o FED dos EUA disse que o comitê de política monetária considerou que houve “melhora considerável” no mercado de trabalho este ano, e está “razoavelmente confiante” de que a inflação irá subir, no médio prazo, para seu objetivo de 2%.
“Dada a perspectiva econômica, e reconhecendo o tempo que leva até que as medidas surtam efeito, o Comitê decidiu elevar a taxa de juros federal para entre 0,25% e 0,5%”, diz o comunicado.
O órgão afirma ainda que, para determinar os próximos ajustes, irá avaliar os dados e as expectativas econômicas no que se refere a seus objetivos de emprego máximo e inflação em 2%.
Juros perto de zero desde 2008
A taxa básica de juros dos EUA vem sendo mantida no piso histórico desde o final de 2008, quando foi reduzida para dar fôlego à economia norte-americana durante a crise financeira internacional.
Neste ano, o Fed adotou a estratégia de avaliar, de reunião em reunião, o momento da primeira alta de juros em quase uma década, baseando-se apenas no fluxo de indicadores econômicos para nortear a decisão. Mas a alta foi adiada mais de uma vez.
Operadores do mercado acreditavam que o aperto monetário nos EUA começaria em setembro, em um momento em que a maior economia do mundo dava sinais de recuperação cada vez mais sólida. Com informações do G1.
Avanço do dólar
Ao longo de 2015, o dólar avançou de cerca de R$ 2,60 para os atuais níveis próximos de R$ 3,90, acumulando alta de mais de 45% até a véspera. Parte relevante desse aumento veio em linha com outros mercados emergentes e representou ajuste à perspectiva de elevação dos juros nos EUA.
Segundo economistas ouvidos pela Reuters, a primeira elevação das taxas pelo Fed pode fazer com que a moeda americana supere facilmente o patamar de R$ 4, alcançado pela primeira vez na história no mês de setembro.