O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) decidiu na quarta-feira (29) manter os juros de referência nos Estados Unidos entre 0% e 0,25%, e ofereceu uma visão otimista da economia do país, o que representa que o esperado aumento das taxas pode ocorrer na próxima reunião da instituição, em setembro.
“O mercado de trabalho continuou a apresentar melhora, com sólida criação de empregos e desemprego em baixa”, diz o comunicado do Comitê Federal de Mercado Aberto divulgado ao término de sua reunião de dois dias para analisar a política monetária dos EUA.
A taxa de desemprego no país fechou o mês de junho em 5,3%, a mais baixa desde 2008. Além disso, o banco central americano apontou que a economia mantém seu crescimento em um ritmo “moderado”, embora reconheça que a inflação, que em junho registrou 0,1% no período dos 12 últimos meses, ainda segue abaixo da meta de 2% a médio prazo.
Juros no Brasil
No Brasil. uma semana depois de o governo anunciar uma redução substancial na sua meta de economia para o ano, o Banco Central elevou nesta quarta-feira (29) a taxa básica de juros, a Selic, em mais 0,5 ponto percentual, para 14,25% ao ano.
Foi a sétima alta consecutiva da Selic, que chega ao maior patamar em nove anos —desde agosto de 2006, quando a taxa também estava em 14,25%. A decisão tomada por 8 dos 9 diretores do BC já era esperada pelo mercado.
Em nota, o BC disse que os juros devem permanecer nesse novo patamar “por período suficientemente prolongado” para garantir a convergência da inflação para a meta no fim de 2016.