Consultores da Food and Drug Administration (FDA) votaram unanimemente, na quarta-feira (10), a favor de tornar a pílula anticoncepcional Opill disponível sem prescrição médica. Segundo o comitê de 17 especialistas, os benefícios do contraceptivo ultrapassam os riscos. A medida ainda aguarda ser sancionada.
A Opill, da farmacêutica Perrigo, contém apenas uma versão sintética do hormônio progesterona para prevenir a gravidez. A maioria das pílulas também contém estrogênio. Em comentários após a votação, os membros do painel explicaram seu apoio à pílula sem receita. “Sinto que o risco de gravidez indesejada é menor dessa forma do que com qualquer outra abordagem contraceptiva, disponível de forma que as mulheres tenham acesso sem consultar um profissional de saúde”, disse a Dra. Deborah Armstrong, professora de oncologia, ginecologia e obstetrícia da John Hopkins. Ela acrescentou que acredita que mulheres seriam capazes de entender os efeitos colaterais possíveis em condições de saúde incompatíveis com o uso da pílula.
“Votei sim porque as evidências demonstram que há mais benefícios do que o contrário”, disse Kathryn Curtis, cientista da saúde do Centro de Controle e Prevenção de Doenças. Os benefícios incluem maior acesso a controle de natalidade eficaz e maior autonomia reprodutiva. “Opill tem o potencial de ter um enorme impacto na saúde pública”, disse ela.