Ciência e Tecnologia

FDA aprova medicamento projetado para retardar progressão de Alzheimer

O lecanemab (Leqembi) é a opção mais recente com capacidade para atingir os pontos originários da doença, em vez de apenas tratar os sintomas, mas só é recomendado para pacientes em estágio inicial do distúrbio cerebral

O US Food and Drug Administration (FDA) aprovou, na sexta-feira (6), um novo medicamento projetado para retardar o declínio cognitivo em pacientes no estágio inicial da doença de Alzheimer. O lecanemab (Leqembi) foi desenvolvido pela Biogen em parceria com o laboratório japonês Eisai, e é a opção mais recente com capacidade para atingir os pontos originários da doença, em vez de apenas tratar os sintomas. “É para pessoas nos estágios iniciais da doença, com demência leve ou comprometimento cognitivo sutil”, declarou Susan Parriott, CEO da Associação de Alzheimer de Minnesota-North Dakota.

A aprovação do medicamento pelo FDA ocorre poucos dias após a agência reguladora ser criticada em um relatório do Congresso por aprovar outra droga para Alzheimer, o Aduhelm, que demonstrou trazer riscos de inchaço cerebral e sangramento. Ambos os medicamentos foram aprovados por meio de um processo que permite ao FDA acelerar a aprovação de drogas para atender tratamentos de condições graves.

Programado para entrar no mercado em 16 de janeiro, o tratamento anual com lecanemab deve custar cerca de $26 mil, bem acima do valor recomendado pelo Institute for Clinical and Economic Review, grupo de pesquisa com sede em Boston que ajuda a determinar preços justos para medicamentos no país.

A doença de Alzheimer, um distúrbio cerebral irreversível e progressivo, afeta mais de 6,5 milhões de pessoas nos Estados Unidos. Apesar de pesquisas contínuas para tratar e eliminar o Alzheimer, especialistas ainda não conhecem as origens do distúrbio.

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