Agentes do FBI cumpriram na segunda-feira (8) um mandado judicial para busca e apreensão de documentos em Mar-a-Lago, resort do ex-presidente Donal Trump, localizado em Palm Beach, Flórida.
Trump se manifestou em um comunicado sobre a presença dos agentes em sua propriedade. “Minha linda casa, Mar-a-Lago em Palm Beach, Flórida, está sitiada e foi invadida por um grande número de agentes do FBI”, disse o presidente. “Eles abriram até o meu cofre”, acrescentou.
Nem o FBI nem a Casa Branca se pronunciaram sobre o ocorrido, mas fontes disseram à CNN que o mandado judicial está relacionado com a denúncia de que Trump teria retirado documentos oficiais, muitos deles confidenciais, e levado em caixas para a Flórida. Em entrevista a “Fox News”, o filho do republicano, Eric Trump, confirmou a informação.
Uma investigação oficial sobre o assunto foi lançada em abril pelo Departamento de Justiça. A apuração ocorre depois que a Administração de Arquivos e Registros Nacionais dos EUA notificou o Congresso, em fevereiro, de que havia recuperado cerca de 15 caixas de documentos da Casa Branca da casa de Trump na Flórida. Arquivos classificados foram encontrados em meio à papelada.
Trump estava em New York no momento das buscas. Ele disse que a operação tem motivações eleitorais. “[A operação] é má conduta do Ministério Público, é usar o sistema de justiça como uma arma e um ataque de membros de esquerda radical do Partido Democrata, que desesperadamente não querem que eu concorra à presidência em 2024, especialmente com base em pesquisas recentes, e que também farão qualquer coisa para impedir republicanos e conservadores nas próximas eleições legislativas”, afirmou Trump, no documento.
Dezenas de apoiadores do republicano se reuniram nas proximidades da propriedade de Trump na noite de segunda-feira para protestar contra a operação do FBI. Eles seguravam cartazes e bandeiras e diziam que a operação é ilegal.