Em 2008, o brasileiro Rômulo de Oliveira Santos, de 47 anos, estava em seu primeiro dia de trabalho na loja do Walmart de Walpole, Massachusetts, quando um outro trabalhador cortou fios elétricos que estavam atrás de uma parede que seria demolida e Rômulo morreu eletrocutado. Desde então, a família do brasileiro trava uma batalha judicial contra o Walmart e outras empresas subcontratadas, pedindo uma indenização que chega a $5 milhões. A família alega que a empresa expõe seus trabalhadores a sérios riscos.
Segundo documentos do Tribunal Superior de Middlesex, a família venceu a ação e o valor pago não foi divulgado, mas a mãe do operário, Maria José dos Santos, que esteve nos Estados Unidos recentemente num evento em defesa dos trabalhadores, afirmou que finalmente a justiça foi feita. Os detalhes do acordo não foram divulgados, mas o advogado da família Santos, Brian A. Joyce, havia adiantado que seus clientes não aceitariam menos que “milhões”.
A família de Santos disse que a solução do caso é um reconhecimento de sua perda e lembraram que ele era um homem com um sorriso contagiante que veio para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor.
Um porta-voz do Walmart, oferecendo condolências à família e amigos de Santos, disse que a resolução “ permitiu que todos os envolvidos sigam em frente”.
Ainda assim, a empresa se esquivou da responsabilidade pelo acidente alegando que dependia do empreiteiro geral, Kekoka Construção com sede no Texas, para supervisionar o trabalho de Walpole. “Nós levamos a segurança bastante a sério e, quando o Walmart contratou a Kekoka Construction confiamos que a empresa iria administrar todos os aspectos do projeto de construção”, disse o porta-voz Randy Hargrove. “Isso inclui a contratação de todos os subcontratados, garantir as condições de segurança no local de trabalho e confirmar as licenças apropriadas a todos os subcontratados e operários”.
Joyce, o advogado da família, disse que ele e seus clientes estão satisfeitos que tenha sido resolvido.