Uma explosão dentro da Usiminas, em Ipatinga (MG), na tarde desta sexta-feira (10), assustou funcionários e moradores, que sentiram os efeitos da forte explosão em diversas partes da cidade. A área residencial e escolas do entorno foram esvaziadas por precaução. Trinta pessoas foram levadas para o hospital, a princípio nenhuma em estado grave. Apenas uma das vítimas está com suspeita de intoxicação.
De acordo com o G1, o acidente ocorreu em um dos gasômetros, onde o ferro é convertido em aço. Equipes fazem varredura no local para verificar se não há mais vítimas.
Os feridos estão sendo atendidos no Hospital Márcio Cunha, segundo a assessoria de comunicação da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), responsável pela administração da unidade. As vítimas foram conduzidas pelos próprios brigadistas da Usiminas. A explosão do gasômetro causou um incêndio, que foi controlado pelos bombeiros.
A assessoria da Câmara Municipal de Ipatinga afirmou que estrutura do prédio, que fica no Centro da cidade, foi toda abalada. O forro de algumas salas cedeu, e janelas quebraram com o impacto da explosão. Cerca de 150 pessoas que estavam na Câmara foram retiradas do local, que não chegou a ser interditado.
Em nota, a Usiminas confirmou a explosão e afirmou que toda a área de risco foi evacuada. De acordo com as primeiras informações de um funcionário, que não quis se identificar, existiria a suspeita de vazamento de um gás tóxico inodoro, mas a empresa nega.
“A equipe de brigadistas da empresa está atuando no local, e a canalização de gás já foi bloqueada, não havendo vazamento. A Usiminas reitera que está fazendo monitoramento de gases nos bairros do entorno da usina e até o momento nenhuma anormalidade foi registrada”, diz a nota da Usiminas.
“Parecia um terremoto”
O estudante Gabriel Coelho Duarte, de 19 anos, morador do Bairro Cariru, informou ao jornal Estado de Minas que houve correria no momento da explosão. “Meu bairro todo tremeu. Estava no cursinho quando senti uma vibração. Quando olhei para cima, vi as paredes vibrando e ouvi uma explosão. Parecia que o teto estava desabando. Todo mundo começou a gritar e saiu correndo”, explicou.
“Era como se mandassem uma bomba. Deu para sentir a explosão. Parecia um terremoto”, explicou Amanda Rodrigues Silva, de 31 anos, funcionária de uma empresa de contabilidade da cidade.