De janeiro a junho deste ano, o número de execuções hipotecárias na Flórida cresceu 124% e colocou o estado em sexto lugar no ranking de floreclosures do país, de acordo com empresa de pesquisa imobiliária ATTOM. Segundo a instituição, o índice da modalidade aumentou 219% em todo o território americano, na comparação com o mesmo período de 2021.
Em Lakeland, no condado de Polk, mais de um quarto das casas foram hipotecadas no primeiro semestre, conforme o relatório. A execução hipotecária é uma modalidade comum nos EUA, na qual o devedor coloca o imóvel como garantia para conseguir um empréstimo.
O diretor de inteligência da ATTOM , Rick Sharga, falou que “embora a atividade de execução hipotecária ainda esteja abaixo das médias históricas, este aumento dramático sugere que podemos voltar aos níveis normais em algum momento em 2023.”
Em números reais, a Flórida registrou 17.624 execuções hipotecárias de janeiro até agora, e milhares de processos foram iniciados. Algumas ordens judiciais, segundo a ATTOM, deveriam ter sido executadas ainda durante a pandemia, mas foram impedidas por uma moratória do governo federal.
“Muitos processos finalizados agora começaram até 120 dias antes da pandemia estourar”, observa Sharga. Ele relata também que os motivos nem sempre estão relacionados à falta de pagamento de mortgages, a parcela mensal pela compra de um imóvel. “Em muitos casos os devedores acessaram diferentes linhas de créditos com credores, dando o imóvel como garantia”, explicou.
Mas também há um lado positivo. As reintegrações de posse pelos bancos, que é quando o imóvel é tomado é devolvido ao antigo proprietário após o ajuste do débito, também aumentaram 30% em relação a 2021. No total, a Flórida teve 1.041 reintegrações de posse e 11.448 processo para recuperar o imóvel estão em andamento.
Illinois, New Jersey e Ohio são os três estados com o maior número de execuções hipotecárias do país.