Brasil

Ex-presidente Bolsonaro é denunciado por tentativa de golpe de estado no Brasil

Procuradoria-Geral da República afirma que ele sabia do plano para matar Lula e concordou com a trama

Bolsonaro cancelou a ida a Davos e será representado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: Isac Nóbrega – Palácio do Planalto)
Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega – Palácio do Planalto)

O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que governou de 2019 a 2023, foi denunciado na terça-feira (18) pela Procuradoria-Geral da República por crime de tentativa de golpe de estado em 2022. Segundo a denúncia, assinada pelo procurador-geral, Paulo Gonet, o ex-presidente tinha conhecimento do plano chamado “Punhal Verde e Amarelo”, arquitetado por membros do seu governo, entre eles o general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022. A investigação da Polícia Federal “apurou a existência de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República (Jair Bolsonaro) no poder”.

Além da tentativa de tomada do poder, o plano, que teria sido traçado em 2022, incluía o assassinato do atual presidente do Brasil, Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

“Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de “Punhal Verde Amarelo”. O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições”, escreveu o procurador-geral.

Outras 37 pessoas do entorno do ex-presidente foram indiciadas, entre elas o general Braga Netto e o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, que colaborou com a investigação com delação premiada. A denúncia foi baseada no relatório da investigação realizada pela Polícia Federal.

A denúncia agora segue para o STF e, se aceita, Bolsonaro se tornará réu no processo e terá de responder no tribunal.

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