O ex-policial militar Omar Assaf Júnior, condenado por homicídio no Brasil, foi preso em Kissimmee, na Flórida, na terça-feira (23). O crime que ficou conhecido como “Massacre do Bar Harmonia” aconteceu em Curitiba no ano 2009, quando Assaf tinha 29 anos, e teve grande repercussão no país. A vítima foi o estudante de direito Thiago Klemtz de Abreu Pessoa, com então 19 anos.
Em 2012, o atirador foi sentenciado a 12 anos de prisão, mas ganhou o direito de responder ao processo em liberdade. Na sequência, ele fugiu do Brasil e passou a viver como foragido. Não se sabe quando exatamente ele entrou nos EUA. Desde sua prisão na semana passada, o criminoso está sob custódia de autoridades americanas e aguarda a decisão de um juiz federal para que sua extradição seja autorizada. A audiência na corte judicial de Kissimmee está agendada para esta quarta-feira (31).
Em 2017, a mãe da vítima, Patrícia Klemtz, localizou o assassino em Orlando através das redes sociais. Ela descobriu que ele e seu tio eram sócios de uma empresa chamada Paraná Services. Além disso Assaf tinha sido preso após se envolver em um acidente de carro.
Os advogados da família da vítima entraram em contato com agentes da polícia local e do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE), alertando da condição de foragido de Omar Assaf. O juiz americano, no entanto, entendeu que não havia nada formalizado entre as autoridades dos EUA e brasileiras quanto a uma eventual repatriação do ex-PM, e Assaf acabou sendo solto.
O Massacre do Bar Harmonia aconteceu na madrugada do dia 16 de agosto. Thiago teria saído correndo de uma casa noturna após uma briga entre dois grupos e foi perseguido por Omar que estava à paisana. Ele disparou três vezes contra a vítima desarmada que, segundo testemunhas, implorou pela vida
Segundo a investigação, Thiago e os amigos foram confundidos com o grupo que causou a confusão. O jovem foi atingido com um tiro no peito e, segundo testemunhas, chegou a recarregar a arma para atirar novamente na cabeça da vítima.
Omar Assaf Jr. foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, sem chance de defesa da vítima e ainda agravado pelo fato de ele ser policial.