Um júri absolveu de todas as acusações o ex-policial escolar que ficou do lado de fora durante o massacre de 14 de fevereiro de 2018 na Marjory Stoneman Douglas High School, em Parkland, na Flórida. Scot Peterson, 60 anos, foi considerado inocente nesta quinta-feira (29), em todas as 11 acusações contra ele.
O policial era a única pessoa na escola com uma arma quando o atirador abriu fogo contra crianças e adultos. Os promotores estaduais acusaram Peterson de ignorar seu treinamento e não fazer nada quando 17 pessoas, incluindo 14 estudantes, foram baleadas na Marjory Stoneman Douglas High School, no que continua sendo o tiroteio mais mortal em uma escola nos Estados Unidos. Seu advogado argumentou que o então policial escolar não entrou no local do ataque porque não sabia de onde vinham os tiros. Ele foi forçado a se aposentar após o tiroteio fatal.
Os pais Tony Montalto e Tom Hoyer, cujos filhos, Gina Montalto e Luke Hoyer, foram mortos durante o ataque, assistiram ao julgamento de Peterson e ficaram desapontados com os veredictos. “Neste caso, Scot Peterson foi deixado bem na porta do prédio em que o atirador entrou – a 3 metros da porta. Ele poderia ter dado 10 passos à frente. Ele poderia ter sido um herói”, disse Hoyer.
Fora do tribunal, Peterson falou com jornalistas, dizendo que espera que nenhum oficial de recursos escolares do país tenha que passar pelo que ele passou. “A única pessoa culpada era aquele monstro”, disse Peterson sobre o atirador. “Não era nenhum agente da lei, ninguém naquela cena. Cada um fez o melhor que pôde. Fizemos o melhor que pudemos com as informações que tínhamos e Deus sabe que gostaríamos de ter mais naquele momento”, declarou.
*com informações da CNN