DA REDAÇÃO – Michael Cohen, ex-advogado pessoal de longa data de Donald Trump, atacou seu ex-cliente afirmando que o presidente americano é “racista, vigarista e trapaceiro”. O comentário foi feito em depoimento explosivo no Congresso americano na quarta-feira (27). As informações são do G1.
Cohen disse que, nas eleições de 2016, o então candidato Trump sabia que um de seus colaboradores estava em contato com o Wikileaks para vazar e-mails que prejudicassem a campanha de sua concorrente, Hillary Clinton.
Também afirmou que “suspeita” de um conluio com russos ligados ao Kremlin, mas que não tem provas para apresentar.
Dirigindo-se ao Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara, Cohen – que foi condenado à prisão por crimes relacionados em parte com seu trabalho para Trump – expressou arrependimento por ter sido leal ao ao presidente.
“Estou envergonhado por ter escolhido participar dos atos ilícitos de Trump em vez de ouvir minha própria consciência”, afirmou Cohen.
“Ele é um racista. Ele é um vigarista. Ele é um trapaceiro”, enfatizou. “O senhor Trump é um racista. O país viu Trump cortejar os supremacistas brancos e os intolerantes. Vocês o ouviram chamar os países mais pobres de ‘buracos de merda’”, disse ainda.
“Na vida privada, é ainda pior. Uma vez me perguntou se podia nomear um país dirigido por uma pessoa negra que não fosse um ‘buraco de merda’. Isto foi quando Barack Obama era o presidente dos Estados Unidos”.
Pagamento a mulheres
Cohen disse que estava apresentando provas “irrefutáveis” dos erros de Trump, incluindo um cheque de “suborno” pago a duas mulheres pouco antes da eleição de 2016.
Cohen assumiu a culpa no escândalo envolvendo a compra do silêncio de duas mulheres que supostamente tiveram relações com Trump. Ele pagou a atriz pornô Stormy Daniels e a ex-modelo da “Playboy” Karen Mcdougal para manterem silêncio sobre supostos relacionamentos com Trump.
Vazamento de e-mails do Partido Democrata
Cohen ainda afirmou que seu ex-chefe sabia que um de seus colaboradores estava em contato com o WikiLeaks para a publicação de milhares de e-mails roubados do Partido Democrata. O vazamento abalou a campanha de Hillary Clinton nas eleições presidenciais de 2016.
“Trump era um candidato presidencial que sabia que Roger Stone [colaborador da campanha] estava conversando com Julian Assange [fundador do WikiLeaks] sobre um vazamento dos e-mails do Comitê Nacional Democrata”, disse.