Os países da União Europeia (UE) querem tirar de circulação a nota de € 500, declarou o ministro das Finanças francês, Michel Sapin. Segundo ele, a nota é utilizada em operações “desonestas” para financiar o terrorismo e lavar dinheiro, em vez de fazer compras. As informações são da agência France Presse.
“Ela é usada mais para dissimular do que para comprar”, declarou o ministro, que participou em Bruxelas de uma reunião com os 28 ministros da UE. A nota “é usada para facilitar transações que não são honestas”, insistiu.
Esta opinião foi partilhada pelo ministro espanhol das Finanças, Luis de Guindos, para quem “seria muito importante analisar a possibilidade de retirar a nota de € 500”. “Em nossa opinião, é um instrumento que é usado para lavagem de dinheiro” e sua retirada de circulação seria “fundamental (…) para a luta contra o financiamento do terrorismo”, afirmou.
Os 28 ministros das Finanças elogiaram o “plano de ação” da Comissão Europeia contra o financiamento do terrorismo apresentado em 2 de fevereiro e pediram uma decisão sobre esta denominação. Os ministros defenderam na sexta-feira (12) “restrições adequadas sobre os pagamentos em dinheiro que excedam determinados limites” e uma análise com o Banco Central Europeu (BCE) sobre as medidas relativas às notas de elevado valor, particularmente as de 500 euros, tendo em conta a análise da Europol. A nota de € 500 representa 3% do dinheiro em circulação e 28% do seu valor, de acordo com estatísticas do BCE.
Quando o euro começou a circular em 2002, a Alemanha, apegada à nota de 1 mil marcos, pressionou para manter uma de € 500, o equivalente ao seu papel moeda de maior valor. Outros países, como a França, eram contra.