Os EUA ordenaram que todas as execuções de condenados à morte ordenadas pelo governo federal sejam temporariamente suspensas até que seja feita uma revisão no sistema.
O procurador-geral Merrick Garland falou que a medida é necessária para verificar o “impacto desproporcional” e evitar “arbitrariedades” nas condenações de pessoas negras.
O U.S Justice Department não realizava nenhuma execução havia 17 anos até julho de 2020, quando a administração Trump retomou a prática em um ritmo sem precedentes, totalizando 13 execuções até a saída do republicano.
Em comunicado emitido na quinta-feira passada (1), Garland manifestou preocupações sobre o uso continuado da pena de morte em todo o país. “Essas preocupações importantes merecem um estudo cuidadoso e avaliação pelos legisladores”, disse.
Desde que Joe Biden assumiu a presidência dos EUA em janeiro, nenhuma execução federal foi realizada. O democrata é o primeiro presidente a se opor à pena capital.
Durante a campanha, ele se comprometeu a colocar fim à punição na esfera federal e a incentivar os estados a seguirem os seus passos. No entanto, nenhuma ação nesse sentido tinha sido tomada até o momento.
A decisão do governo só vale para condenações em cortes federais e não impacta as sentenças estaduais.
Atualmente, 21 estados norte-americanos adotam a pena de morte.