Na quarta-feira (20), Joe Biden tomará posse como 46º presidente dos EUA sob um clima de ameaças de protestos armados de seguidores de Donald Trump que não aceitam a derrota do Republicano.
Na semana passada, o FBI alertou que teve acesso a comunicações de grupos extremistas pró-Trump que planejam invadir prédios públicos em todas as 50 capitais a qualquer momento.
Na Flórida, o prédio do Capitólio em Tallahassee foi tomado pela presença de policiais já neste domingo, que se posicionaram no telhado do edifício e em pontos estratégicos da capital.
Em Washington, palco da posse do Democrata, bairros inteiros foram entrincheirados e a Guarda Nacional enviou pelo menos 21 mil soldados para reforçar a segurança. Além disso, cercas foram instaladas ao redor do prédio do Congresso que foi alvo de invasão no último dia 6 e resultou na morte de cinco pessoas e no pedido de impeachment do presidente Trump por incitação à violência.
A segurança também bloqueou inúmeras ruas próximas ao local onde ocorrerá a posse e o National Mall, que costuma ficar lotado com milhares de pessoas no dia do juramento presidencial, estará fechado para o público, assim como outros pontos de referência.
Com o tema “Estados Unidos unido”, Joe Biden e Kamala Harris serão empossados ao lado dos futuros membros da equipe de governo e dos ex-presidentes Barack Obama (2009-2017), George W. Bush (2001-2009) e Bill Clinton (1993-2001), em uma demonstração de união em torno de um país dividido.
“Será uma posse como nenhuma outra, em grande parte devido à covid-19 e aos últimos acontecimentos causados por grupos extremistas”, disse a vice-presidente eleita Kamala Harris ao canal NBC neste domingo. “Mas vamos prestar juramento e fazer o trabalho para o qual fomos escolhidos”, garantiu.